A polícia civil de Goiás, descobriu em Anápolis, região metropolitana de Goiânia, uma fábrica clandestina que produzia anabolizantes falsificados. Dezessete pessoas foram presas, suspeitas de fazerem parte da quadrilha que regia o maior esquema de falsificação de anabolizantes do Brasil.
Para simular a cor de testosterona sintética, a organização criminosa utilizava de temperos de cozinha, especialmente colorau. A venda era feita por todo o país.
Até momento, a Operação cumpriu 23 mandados de busca e apreensão, e 19 mandados de prisão. Além disso, um bloqueio de mais de R$ 31 milhões foi feito nas contas dos que estão sendo investigados. Um dos integrantes da quadrilha foi preso na própria casa, localizada em condomínio de luxo em Goiânia.
Além de Anápolis e Goiânia, os mandados foram cumpridos também em Silvânia. O poder judiciário autorizou ainda, a apreensão de veículos de luxo, entre eles, uma BMW avaliada em R$ 800 mil.
Quanto ao suspeito em ser o chefe da quadrilha, um educador físico e influenciador digital, que patrocinava famosos da área e utilizava de seus redes sociais para divulgar os produtos falsos. De acordo com a polícia, o comandante vivia uma vida luxuosa e ostentava tudo do bom e do melhor em Goiânia. Além disso, ele também faz uso de anabolizantes, porém não dos próprios, o que indica que possuí consciência dos riscos dos produtos adulterados.
No instagram, a polícia civil de Goiânia, informa sobre o risco no uso de anabolizantes fabricados ilegalmente (Reprodução/Instagram)
“O grupo produz duas marcas das substâncias, tendo, no país, um perfil em rede social com o maior número de seguidores do ramo e patrocina os maiores influencers brasileiros dessa área”, explica o delegado Jorge Bezerra, titular do Grupo Especial de Investigação Criminal (Geic) de Anápolis.
Depois que os produtos eram fabricados e vendidos por todo o país, o dinheiro lucrado era lavado mediante uso de contas em nome de laranjas.
Foto destaque: anabolizantes e esteroides. Reprodução/Freepik
