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Parlamentares ligados a Bolsonaro reclamam de terem suas contas retiradas do ar

09 Nov 2022 - 17h40 | Atulizado em 09 Nov 2022 - 17h40
Parlamentares ligados a Bolsonaro reclamam de terem suas contas retiradas do ar

O número de parlamentares que apoiaram o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e tiveram suas contas nas redes sociais bloqueadas após o resultado das eleições aumentou nesses últimos dias. A quantidade chegou a seis, a última conta a receber esse bloqueio foi nessa nesta terça-feira, na conta do parlamentar José Medeiros (PL-MT) no Twitter. Ao abrir a página você se depara com a mensagem de que a conta foi retida após uma demanda legal. O Superior Tribunal Federal (TSE) decidiu que os deputados federais Major Vitor Hugo (PL-GO), Coronel Tadeu (PL-SP), Carla Zambelli (PL-SP) e os deputados federais eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) também deveriam ter suas contas removidas da internet.

Adrilles Jorge (PTB-SP) ex-BBB e ex-candidato a deputado federal também teve sua conta retirada do ar, no Twitter, e em outra rede social ele disse ter sido vítima de cerceamento.

"Acabam de bloquear a minha conta no Twitter. Não sei por quê. E eu não conclamei ninguém a golpe nenhum. Eu sequer insuflei multidão. Eu não expus relatório de nenhum argentino. Eu simplesmente reclamei da falta de liberdade. Disse simplesmente que a gente podia estar em um estado de censura no Brasil" afirmou Adrilles.

No Instagram José Medeiros (PL-MT), não concordou com a decisão do Supremo Tribunal Federal e declarou que foi vítima de censura e terminou publicando um vídeo dizendo que sempre criticou o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.



"Ele (Moraes) deveria ter se declarado impedido pela ligação que ele tinha com um dos candidatos. Foi isso que eu disse. Agora, eu tenho o direito de dizer isso, assim como o ministro tem o direito de se expressar como ele quiser. Ele não pode me cercear”, falou José, relacionando ao presidente do TSE com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin sendo que Moraes foi secretário Segurança Pública do estado de São Paulo durante a gestão do atual vice de Luís Inácio Lula da Silva (PT).

Ferreira, Vitor Hugo, Tadeu e Gayer perderam suas contas depois de compartilharem um vídeo de um consultor argentino, divulgando fake news sobre as urnas eletrônicas.

Carla Zambelli ficou proibida pela TSE de criar qualquer tipo de conta, perfil ou canais em redes sociais até a diplomação dos últimos eleitos. Uma multa de cem mil reais, por cada conta criada pela parlamentar, foi estipulada caso ela descumpra essa decisão.

A colunista Malu Gaspar disse que o TSE considerou que mensagens postadas por Zambelli com apoio à obstrução de estradas por caminhoneiros possuem potencial de "tumultuar o processo eleitoral" e incentivam "comportamentos ilegais e beligerantes". Para a Corte são para tumultuar as eleições em andamento processo que só termina com o ato de diplomação, que será em 19 de dezembro. Logo após essa decisão Carla e seu marido foram ao Estados Unidos, onde foram a manifestações em apoio ao atual presidente.

Foto Destaque: Jair Bolsonaro e Nikolas Ferreira em motociata. Foto: Reprodução/Uol