O Peru registra a morte de mais de 13 mil aves em decorrência do surto da gripe aviária, H5N1, o relatório mais recente do órgão em âmbito nacional aponta cerca de 13.869 mortes na região do litoral e tanto dentro quanto fora das áreas protegidas. Sendo a maior parte desse número pelicanos (10.257), além de 2.919 atobás do mar e 614 camanays, entre outras espécies.
Segundo autoridades, os dados são das praias do norte e centro do país andino, nas últimas duas semanas. E o Senasa - Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária, emitiu alerta de 180 dias na última quinta-feira, 24/11, para evitar a propagação da doença entre as aves de criação, como peru, patos, galos e galinhas, e aves comerciais. O órgão também informou sobre a ativação de uma cerca epidemiológica no centro de Gallito, na província de Lambayeque, para controlar o primeiro surto registrado em uma granja.
Peru declara crise sanitária em decorrência dos casos de gripe aviária. (Reprodução: SerforPeru via Instagram)
O primeiro surto da doença ocorreu na América do Norte, inicialmente no Canadá, durante o ano passado, e foi detectado nos Estados Unidos, no início deste ano, segundo informou o especialista do Serviço Nacional Forestal - Serfor, Walter Silva. A FAO - Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, emitiu um alerta, uma vez que com a migração sazonal das aves a doença possa afetar a América Central e do Sul.
Lady Amaro, especialista em fauna marinha, contou que os dados divulgados pelos canais oficiais são registrados a partir da contagem das feitas por profissionais nas regiões de Ancash, Ica, Lambayeque, La Libertad, Moquegua, Tacna, na fronteira com o Equador, Piura, e também na capital, Lima.
A gripe aviária do tipo A não tem cura nem tratamento e leva a alta nas taxas de mortalidades tanto de aves domésticas quanto silvestres. O surto atual tem se mostrado altamente contagioso entre pelicanos.
Foto Destaque: Gripe aviária é uma preocupação no Peru. (Foto: Reprodução/Serfor)