Jaime, o treinador do time de Rio Power Soccer teve a ideia de criar um ParaCartola. Após voltarem para os treinos presenciais no ano passado, o time não pode disputar nenhuma partida, devido a pandemia da Covid-19. Foi então que Jaime se inspirou no Cartola FC para registrar os dados estatísticos dos treinos, como forma de monitorar a equipe.
O ParaCartola funciona da seguinte maneira: Um analista de desempenho grava os jogos e depois preenche uma planilha para indicar quem acertou um passe, quem fez gol, quem deu assistência, etc.
“É para eles entenderem que todo movimento deles dentro da quadra é importante em algum momento do jogo”, explica Jaime.
Diferente do cartola original, nessa nova versão, todos os critérios têm o mesmo peso, ou seja, uma assistência vale o mesmo que um gol, por exemplo. Outra modificação é a preocupação com alguns aspectos negativos como faltar treino, pontualidade, entre outros para incentivar e valorizar o espírito coletivo e a competitividade. Quem tiver a melhor pontuação no final do semestre ganha a disputa.
“É legal porque deixa o treino um pouco mais pegado, a gente fica mais disputado. Todo mundo querendo ganhar o paracartola”, relata Rafael, jogador do time.
(Time Rio Power Soccer/ reprodução: instagram )
Power Soccer, também chamado de Powerchair, é um esporte coletivo pensado especificamente para usuários de cadeira de rodas motorizada. Se assemelha ao futsal pois também é praticado em uma quadra fechada e com o chão liso. As partidas ocorrem entre duas equipes formadas por quatro jogadores cada e possuem duração de 40 minutos, divididos em dois tempos. A bola específica para essa modalidade tem quase o dobro do tamanho de uma bola de futebol tradicional.
As cadeiras devem ser motorizadas e equipadas um um “footguard” que será usado para realizar os passes e dribles.Há também um “Speed Test” onde a arbitragem confere se as cadeiras não ultrapassam o limite de 10km/h durante a partida.
Apesar de ser considerado um paraesporte, a modalidade não faz parte das Olimpíadas.
No Brasil, o futebol em cadeira de rodas é gerido nacionalmente pela Associação Brasileira de Futebol em Cadeira de Rodas.
Foto destaque: Jogadores de Power Soccer de Coimbra/ Paulo Novais