Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, argumentou a líderes do G20 que "a guerra deve ser interrompida”. "Estou convencido que agora é o momento em que a guerra pode e deve ser interrompida", disse ele através de vídeo em reunião com os países com as maiores economias do mundo.
"Nós não vamos permitir que a Rússia recomponha suas forças", disse. Zelensky crê que o recuo russo na cidade portuária Kherson é uma chance para argumentar com Putin e chegar a um acordo de paz.
"Por favor, escolham o caminho da liderança - e juntos vamos implementar a fórmula da paz", afirmou aos líderes do G20.
O presidente da Rússia, Putin não está presente no G20 e quem o representa é o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
O chanceler russo afirmou que as condições da Ucrânia para retomar as negociações com Moscou eram "fora da realidade".
Fundamental para a tática da Rússia até agora, Kherson dava acesso por terra à península da Crimeia, que Moscou queria usar como chegada ao ocidente do território ucraniano e assim isolar a saída do país para o Mar Negro. A retomada de Kherson foi uma derrota para a Rússia.
Uma das primeiras cidades completamente tomadas pelas tropas russas, em posição estratégica (próxima a península da Crimeia e à beira do Mar Negro), Kherson, foi a única grande capital regional dominada pela cosmopolita Moscou desde o início da invasão russa ao país vizinho, no início deste ano.
O Ministério da Defesa Russo anunciou nesta semana que aproximadamente 30.000 dos seus homens deixaram a região. Existem relatos de que muitos soldados de Moscou fugiram.
No último sábado (14), Dmitro Kuleba, ministro ucraniano das Relações Exteriores afirmou que “a guerra continua”. "Mas a guerra continua. Entendo que todos querem que essa guerra termine o mais rápido possível. Definitivamente, somos nós que queremos isso mais do que ninguém", afirmou.
Foto destaque: Reprodução/Instagram