Uma dieta equilibrada e diversificada pode fazer muito bem para a saúde do organismo, porque ajuda a reduzir a inflamação, além de tratar a obesidade e a diabetes, duas doenças metabólicas que se tornaram uma verdadeira epidemia no mundo.
A Dra. Deborah Beranger, endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio De Janeiro (SCMRJ) elabora 7 pontos principais de um padrão alimentar saudável:
Não existe uma dieta “certa” para todos
Embora uma pessoa possa ter resultados surpreendentes com uma determinada dieta, isso não significa que você terá os mesmos resultados. E só porque uma dieta não funciona para você, não significa que você falhou – pode apenas significar que a dieta não era certa para você”, diz a médica.
Você deve gostar
Se você não gostar de comer determinado alimento, dificilmente vai conseguir aderir a mudanças de hábitos. “Não agimos bem quando nos sentimos privados, e se você está comendo comida de que não gosta, isso não dará certo e se tornará insustentável. Existem muitas opções saborosas e saudáveis demais para se contentar com alimentos que você não gosta”, diz a endocrinologista.
Evite alimentos altamente processados
Se for para seguir apenas uma das sete regras: siga essa. “Dietas ricas em alimentos altamente processados são as principais contribuintes para a obesidade, diabetes e epidemias de hipertensão. Esses alimentos geralmente contêm muitos ingredientes que você não reconheceria como alimentos, como conservantes e outros produtos químicos”, diz a médica.
Ela recomenda cuidado especial inclusive com produtos ‘fit’, ‘light’, ‘zero’ e ‘diet’, que podem ter menos calorias, mas um maior teor de produtos químicos adicionados. Uma dica importante é minimizar ou eliminar alimentos altamente processados, carnes processadas e alimentos fritos.
Inclua vegetais
Sua mãe e avó estavam certas: comer vegetais é um caminho seguro para um organismo mais saudável. “Esses alimentos possuem micronutrientes, antioxidantes, vitaminas, minerais e fitoquímicos que ajudam na saciedade e na tarefa de nutrir o organismo e combater a inflamação”, diz a Dra. Deborah.
As fibras também devem estar no prato
“Elas diminuem a absorção do colesterol, de gorduras e de açúcares, e causam sensação de saciedade prolongada, porque permanecem no estômago juntamente com os outros nutrientes por mais tempo, retardando a sensação de fome e o consumo de mais calorias”, diz a Dra. Deborah. As fibras também têm o poder de regular o trânsito intestinal, desde que consumidas com quantidade suficiente de água.
Fique de olho no tamanho da porção
Mesmo se for uma comida saudável, comer muito ainda é maléfico. “Reduza o ritmo, coma com atenção e sirva as refeições em pratos menores. Inclua fibras, gorduras boas e proteínas magras, pois a digestão é mais lenta. Essas são estratégias comprovadas para diminuir a quantidade de comida sem sentir que está com fome”, comenta.
Coma em casa
Os benefícios de cozinhar o próprio alimento são indiscutíveis. “Alimentos de melhor qualidade, custo mais baixo, um vínculo mais forte com os entes queridos e escolhas mais saudáveis são apenas alguns dos benefícios das refeições caseiras”, diz a médica. Você não precisa ser um chef de cozinha para colocar alimentos nutritivos e de boa qualidade na sua mesa.
Foto destaque: Prato saudável. Reprodução/FreePik