Diabetes: o mal silencioso que atinge boa parte da população mundial

Por João Dornas
5 min de leitura

 

Uma doença silenciosa que compromete a qualidade de vida e pode ser fatal. Essa é uma síntese dos danos causados pela diabetes. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem pelo mal e quase metade não sabe que possui a doença. A entidade aponta que a diabetes pode ser qualificada como epidemia e que pode, até 2030, duplicar. A alta taxa é indicio de pouca ou nenhuma informação que as pessoas têm sobre doença, causada pela elevação da glicose no sangue.

Os alimentos digeridos se transformam em açúcar (glicose), e atuam como energia para o organismo. Mas para a glicose ser absorvida é necessária a presença de insulina produzida pelo pâncreas, e, quando ocorre alguma falha nessa absorção, a glicose se eleva causando desde hiperglicemia, a diabetes.


Fast-food é vilão da saúde no que se refere à diabetes (Foto:Ag.Brasil)


Tipos

A doença se divide em duas: tipo I, quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, e tipo II, quando as células do corpo são resistentes à ação da insulina. Os sintomas são os mesmos, diferindo apenas pelo fato que no portador do tipo II, eles são quase imperceptíveis. Vontade de urinar, sede em excesso, aumento de apetite, perda de peso, cansaço, vista embaçada e infecções frequentes são os sintomas mais comuns, mas algumas pessoas podem chegar a desenvolver feridas que demoram a fechar ou não cicatrizam, distúrbios cardíacos, perda de membros e impotência sexual. “O diabetes mellitus tipo 2, prevalente nos adultos, é prevenido quando se evita o excesso de peso, sedentarismo, stress excessivo, maus hábitos de sono, uso de bebidas alcoólicas em excesso, alimentos processados (fast food, alimentos gordurosos, refrigerantes etc.), tabagismo, dentre outros. Dentre todos os fatores, o mais importante para prevenir esse tipo de diabetes seria a prática de atividade física regular, evitar excessos na alimentação e de bebidas alcoólicas e não fumar (nesta ordem)”, explica a endocrinologista e professora da UFMG, Ana Lúcia Cândido.

Ela alerta ainda que a rotina cotidiana é o grande inimigo: “Os alimentos in natura são difíceis de preparar, armazenar e transportar. São caros para a maioria! Assim, o mais prático é ingerir alimentos ‘rápidos’, processados, gordurosos e com excesso de sal, baixo teor de fibras. Tudo o que não se deve fazer! Temos visto, em nosso ambulatório, jovens de 20 anos com obesidade II ou III (Índice de Massa Corporal maior que 35 ou 40) com frequência alarmante. O hábito de lambiscar, omitir refeições, substituir por ‘lanches’ calóricos é comum. Ingerir biscoitos, sobretudo o de polvilho, altamente calórico e com excesso de gordura saturada, é prática comum em todos os pacientes, inclusive nos sabidamente diabéticos. Há ainda as más informações obtidas na internet e as dietas de moda sem embasamento médico”.

Há várias maneiras de confirmar o diagnóstico de pré-diabetes e diabetes. O exame mais usado é a coleta de uma gota de sangue, e fica pronto em três minutos. Quando há alteração nesse resultado, o médico solicita a realização do exame conhecido como Curva Glicêmica. São realizadas várias etapas, nas quais são coletadas amostras de sangue em um tempo determinado.

Em suma, não é o fato de comer especificamente açúcar que causa Diabetes, mas, sim, o fato de comer em excesso qualquer alimento que acarrete aumento de peso. Além disso, é preciso levar em consideração outros fatores como sedentarismo e histórico familiar, casos em que pode haver maior risco de a Diabetes ser desenvolvida.

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Exércicio físico é importante, mas deve vir junto com alimentação saudável para combater a diabetes. (Foto.Ag.Brasil)


Previna-se
Orientações a pacientes com histórico familiar de diabetes:

Manter o peso normal;

Não fumar;

Controlar a pressão arterial;

Evitar medicamentos que possam agredir o pâncreas;

Manter uma alimentação saudável;

Praticar atividade física regular.

(Foto principal: Agência Brasil)

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