Desde a chegada da pandemia da Covid-19, os casos de sarampo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), estão cada vez mais em alta. O fato prejudicou diretamente as campanhas de vacinação em todo o mundo, especialmente no Brasil, que teve baixa adesão e atingiu cerca de 29,97% das crianças de 6 meses a 4 anos, como revela os dados do Localiza SUS, do Ministério da Sáude.
A vacinação no Brasil, como mostra os dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, caiu de forma abrupta. No ano passado, apenas 60,7% do público-alvo se recebeu a tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola – bem abaixo dos ideais 90%.
Segundo a diretoria-executiva do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), Catherine Russell, chama a situação de ‘’tempestade perfeita’’, pois a queda da imunização combinada com o retorno das atividades sociais resulta no aumento de casos da doença.
Campanha vai até a próxima sexta-feira (3) (Foto: Mariana Ramos/Prefeitura do Rio)
O vírus do sarampo é altamente contagioso, principalmente em crianças menores de um ano, podendo levar à morte. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alerta: ‘’Devemos trabalhar coletivamente para apoiar países e impedir este vírus mortal’’, disse.
O sarampo se dissipa tão rápido quanto ebola, gripe e a própria Covid-19, e pode ser contraído por meio da fala, tosse ou espirro. Seus principais sintomas são: tosse persistente, irritação nos olhos, coriza, manchas vermelha no corpo, febre e dor de garganta.
Sem a devida imunização, a doença pode se evoluir para pneumonia, lesão cerebral, surdez, parto prematuro e até mesmo morte. A taxa de letalidade do vírus é de 5% a 10%, variando pelas condições sanitárias do ambiente, segundo a Fiocruz. A doença pode ser previnida com vacinas (tríplice viral, tetra viral e dupla viral) e são oferecidas gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A vacinação é o meio mais eficaz contra o sarampo.
Este ano, a campanha de vacinação contra o sarampo acontece junto com a da gripe para crianças de seis meses e cinco anos, e vai até a próxima sexta (3). A criança deve tomar duas doses, uma com um ano de idade e a outra entre quatro a seis anos.
Foto Destaque: Reprodução/Jornalatos
