Adesão a exame de mamografia cai nos últimos 5 anos

Alexandre Muniz Por Alexandre Muniz
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Nessa sexta-feira (7) mês do outubro Rosa, campanha de conscientização para o risco de contrair câncer de mama, o Instituto de Saúde Suplementar (less) divulgou dados sobre a periodicidade dos exames de mamografias feitas pelas pacientes de planos de saúde de 2016 a 2021.

Segundo os dados publicados, em 2016, o Brasil fechou com 5.120.133 de exames de mamografias realizadas em planos de saúde. Os dados analisados foram fornecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e revelaram que ainda em 2017 o número já apresentava queda para 5.080.622, o próximo ano seguiu a mesma tendência com 4.999.935, caindo 0,4% em 2018.

Em 2019 os números tiveram um leve aumento para 5.089.151, mas a grande mudança veio no ano seguinte com o impacto que a pandemia de coronavírus trouxe em 2020, quando o número de exames desceu para 3.647.957. Segundo o less, tamanho déficit que surgiu nos últimos cinco anos gera um alerta para a sociedade e instituições de saúde.

Houve, em 2021, uma melhora para 4.575.624, mas segundo José Cechin, o superintendente do less, o resultado mesmo que positivo por conta do melhor enfrentamento da pandemia na sociedade, ainda é muito abaixo dos números registrados anteriormente, visto que o exame é a forma mais eficiente para identificação e tratamento precoce de tumores mamários.


Mamógrafo, aparelho de raios x que pode ser digital ou analógico e é utilizado para identificção de câncer de mama (Reprodução/Dr. Silvio Bromberg)


O recomendado pelo Ministério da Saúde é que pessoas de 50 a 59 façam exames periódicos a cada dois anos, porque essas estão numa faixa etária de maior incidência do câncer.

O Inca divulga métodos de identificar previamente caroços e tumores nas mamas, e quando descobertos o paciente deve procurar ajuda médica o mais cedo possível, para que tratamento tenha maior eficácia no combate à doença. “caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas)”, disse o Inca.

Depois do câncer de pele o de mama é o mais incidente em mulheres no Brasil, e o que mais leva a mortes segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Cerca de 61 mulheres a cada 100 mil podem contrair tumores mamários, e a previsão do inca é que 66.280 novos casos sejam identificados entre 2020 e 2022.

Foto destaque: Paciente posicionada em um mamógrafo enquanto médica analisa dados coletados pelo aparelho Reprodução/Minha Vida

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