Alzheimer: desafios de uma doença traiçoeira que afeta milhares de pessoas

Julia Cabrero Por Julia Cabrero
3 min de leitura

De acordo com os dados disponibilizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 55 milhões de pessoas no mundo todo convivem com algum tipo de demência, porém, a doença de Alzheimer é a mais comum. No momento, ela atinge sete entre dez indivíduos e existe uma tendência de aumento preocupante nos números com o passar dos anos com o envelhecimento da população. 

No Brasil, existem quase 2 milhões de pessoas  com a doença. Os sintomas de Alzheimer podem começar a aparecer após os 65 anos, contudo, se uma pessoa jovem apresentar histórico familiar, pode apresentar sintomas por volta dos 30 anos. O nome dado para isso é Alzheimer Precoce. 

Os principais sinais para identificar a doença com antecedência são: 

• Perda de memória 
• Dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia
• Desorientação
• Problemas de linguagem
• Repetir conversas ou tarefas
• Trocar o lugar das coisas
• Mudanças bruscas no humor e na personalidade, em alguns casos. 
• Desinteresse pelas atividades habituais.

Para ter certeza e fazer um diagnóstico preciso, é necessário se consultar com um geriatra e/ou um neurologista. Ele será responsável por avaliar o histórico clínico da pessoa e observar os sinais e sintomas da doença. Inclusive, a indicação é realizar exames como ressonância magnética, tomografia computadorizada e exames de sangue.


(Foto: Reprodução/Getty Images)


O Alzheimer ainda é uma doença sem cura, somente alguns medicamentos são indicados para estabilizar ou reduzir a velocidade de progressão da doença. Eles proporcionam alívio dos sintomas, geram mais qualidade de vida ao paciente e também aos seus familiares que sofrem bastante com a situação. 

Alguns medicamentos estão sendo aprovados, é o caso do aducanumab, medicamento experimental indicado para as fases iniciais da doença. Ele foi aprovado em Junho de 2021 pelo Food and Drug Administration (FDA) – agência reguladora dos EUA equivalente à Anvisa. O que é promissor e surpreendente já que a agência é rígida e não possuía aprovação de um novo medicamento contra o Alzheimer desde 2003.

Essa doença infelizmente sem cura pode ser tratada ao longo dos anos após seu diagnóstico. É preciso ficar ao lado de quem tem Alzheimer e mesmo que difícil, acompanhar a jornada que essa doença proporciona. 

 

Foto Destaque: Reprodução/Olhar Digital

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