Anvisa aprova Covovax, primeira vacina de proteína recombinante

Pedro Ramos Por Pedro Ramos
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu, nesta segunda-feira (8), a autorização para a Covovax (NVX-CoV2373), a primeira vacina contra a Covid-19 desenvolvida com tecnologia de proteína recombinante a ser aprovada no Brasil. Produzida pelo renomado Instituto Serum, maior fabricante mundial de vacinas localizada na Índia, a Covovax teve seu pedido de autorização apresentado pela representante brasileira do instituto, a Zalika Farmaceutica.

Segurança e eficácia

Em um comunicado, a Anvisa destacou que a decisão de aprovar a Covovax baseou-se em dados de eficácia, imunogenicidade e segurança provenientes de dois estudos clínicos principais. A agência enfatizou que os benefícios da utilização da vacina para a prevenção da Covid-19 superam os riscos, evidenciando o perfil de segurança aceitável do imunizante.


Os testes revelaram uma eficácia do imunizante, alcançando 90,4% na prevenção da Covid-19 em adultos (Foto: reprodução/Freepik)


Diferencial tecnológico

Ao contrário de outras vacinas contra a Covid-19 disponíveis no país, como Pfizer/BioNTech, CoronaVac e Oxford/AstraZeneca, a Covovax utiliza tecnologia de proteína recombinante. A formulação da vacina é baseada na proteína S (Spike), presente na superfície do coronavírus, combinada a um adjuvante à base de saponina, um extrato vegetal.

Esquema de imunização

A Anvisa autorizou a aplicação da Covovax como esquema primário para indivíduos a partir de 12 anos, com duas doses e um intervalo de 21 dias entre elas. Além disso, recomenda um reforço aproximadamente seis meses após a última aplicação para aqueles com 18 anos ou mais. Apesar da alta eficácia demonstrada nos estudos clínicos, a Covovax utiliza uma formulação destinada à variante original do Sars-CoV-2.

A Anvisa destaca que a atualização para uma versão mais recente da vacina é condição para a manutenção do registro, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A farmacêutica terá até o início do primeiro trimestre de 2024 para apresentar os dados necessários para a nova versão da vacina, já adaptada às variantes mais recentes do coronavírus.

 

Foto destaque: produzida no Instituto Serum, a vacina foi desenvolvida pela farmacêutica Novavax. (Reprodução/Folha)

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