Anvisa entra em batalha para conter surto de Candida auris em Pernambuco

Rayssa Liberato Por Rayssa Liberato
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Segundo informações médicas, dez casos de Candida auris foram confirmados em quatro surtos em hospitais de Pernambuco. Uma equipe da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), efetuou incumbência técnica em Recife, capital do estado, com a intenção de conduzir ações de combate ao surto do fungo nos hospitais da localidade. A doença foi descoberta pela primeira vez em 2009, no Japão, e rapidamente se espalhou pelos continentes. No Brasil, o primeiro caso foi descoberto na Bahia, em 2020. 

A delegação, contou com a cooperação de servidores da Anvisa e do diretor da agência, Alex Machado Campos, realizando visitas técnicas com o intuito de elaborar procedimentos para o controle de infecção hospitalar nos hospitais de Pernambuco, englobando o Hospital Miguel Arraes e o Hospital da Restauração, incluindo reunião com a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (APEVISA). 


Exemplo de identificação da Candida auris (Foto: reprodução/Melissa Golden/The New York Times)


Os sintomas de Superfungos   

O superrfungo é transmitido pelo contato direto com pessoas infectadas ou objetos. Os principais sintomas são febre, tontura, alteração da pressão arterial, dificuldade para respirar e aceleração do ritmo cardíaco. Os dez casos confirmados, envolvem os hospitais Miguel Arraes, Tricentenário em Olinda, Real Português e da Restauração.

Seguindo orientação médica, a ordem é manter a vigilância de pacientes até seis meses para que o surto seja estimado encerrado. 

Ações de combate e diferenças 

O reforço na limpeza, desinfecção de superfícies e higienização das mãos, coletas de swabs de vigilância de contactantes de casos positivos e coletas ambientais em superfícies, a manutenção das medidas de precaução padrão – incluindo contato e isolamento de casos positivos e acompanhamento nas reuniões com agente da saúde para tirar dúvidas sobre os procedimentos – são algumas das possíveis ações de combate a superfungos como o Candida auris.

A diferença dos demais tipos de Candida, é alta transmissibilidade não só de contato com pessoas, mas do ambiente. Existe a dificuldade para diagnosticar pelos métodos disponíveis em laboratórios. 

Anvisa 

Segundo suportes de especialistas do monitoramento nacional de saúde, a força-tarefa desenvolvida para participar do controle dos surtos seguirá vigente por mais seis meses desde o último caso confirmado. As ações da força tarefa nacional acontecerão a depender da demanda urgente de suporte técnico pelo estado de Pernambuco e a necessidade de acompanhamento pela Anvisa e ministério da saúde. 

 

Foto Destaque: visão microscópica do Candida auris. Reprodução/Anvisa

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