Após testes, duas novas vacinas se mostraram promissoras contra a malária

Yasmin Martins Por Yasmin Martins
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Duas novas vacinas contra a malária se mostraram promissoras após testes. A versão já existente, imunizante RTS, age apenas contra um dos cinco tipos de parasitas responsáveis pela doença, o protozoário Plasmodium falciparum. Porém, os imunizantes experimentais se saíram bem na Fase 1 de testes contra a ação do Plasmodium vivax, protozoário responsável por 90% dos casos em território nacional.

A doença 

A malária é uma das enfermidades infecciosas que mais mata no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles infectada por um ou mais espécies de protozoário do gênero Plasmodium. Entre os cinco tipos de parasita, os três mais comuns são: malariae, falciparum e vivax. No Brasil, o nome do mosquito pode variar de acordo com a região. Carapanã, Sovela, Bicuda, Mosquito-prego e Muriçoca são algumas nomenclaturas para o transmissor.

De acordo com o Ministério da Saúde, o período de incubação pode variar conforme o parasita. Para o falciparum são pelo menos sete dias, para o vivax são de 10 a 30 dias e malariae de 18 a 30 dias.


Mosquito transmissor da malária. (Foto: reprodução/Website/Drauzio Varella)


Os sintomas provenientes da doença variam entre: febre alta, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite, pele amarelada, cansaço e calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e sudorese abundante. Dependendo do tipo de malária, os sintomas podem ser repetir a cada dois ou três dias.

Resultados da pesquisa

A pesquisa, publicada na revista científica Science Translational Medicine, mostra os avanços alcançados com as duas experimentações das vacinas, VAC071 e VAC079. As duas apresentam como objetivo afetar o parasita transmissor, mas em fases diferentes de seu ciclo de vida. Pelos resultados, os dois imunizantes funcionaram em suas funções e, além disso, uma das vacinas se mostrou mais promissora por conseguir desacelerar a replicação do parasita da malária na corrente sanguínea de um dos voluntários. Assim, promovendo respostas animadoras para a luta contra a doença.

“Nenhuma preocupação de segurança foi identificada com as vacinas de vetor viral ou de proteína em adjuvante, e nenhum evento adverso grave ocorreu nos ensaios VAC071 e VAC079”, afirmou a pesquisadora principal do estudo, Mimi Hou. 

Outros meios de prevenção

Existem outros métodos, além da vacina, para prevenir a malária. Algumas das principais atitudes individuais e coletivas para o combate são: uso de mosquiteiro, uso de repelentes, telas em portas e janelas, limpeza e controle de possíveis criadouros de mosquitos, saneamento básico e borrifação residual intradomiciliar. 

 

Foto destaque: Vacina da malária.  Reprodução/Getty Images/BBC

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