No último sábado (9), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que recebeu o pedido para registrar a vacina Coronavac. Em uso emergencial desde 17 de janeiro de 2021, o registro de uma vacina pode levar meses ou até anos.
A Anvisa tem um prazo de 60 dias para responder sobre o registro definitivo, mas pode ser mais rápido, porque a Coronavac já tem dados mais concretos do que em janeiro de 2021, quando passou a ser liberada pelo uso emergencial para suprir a falta de vacinas no Brasil.
Desde janeiro de 2021, a Coronavac está liberada para uso emergencial (Foto: Reproudção/Matheus Sciamana/Photopress/Estadão Conteúdo)
A análise passará por três áreas distintas da Anvisa: a área de Medicamentos, que avalia a segurança e eficácia, a área de Famacovigilância, responsável pelo monitoramento e planos de acompanhamento da vacina, e pela área de Insperação e Fiscalização, responsável pela avaliação da fabricação.
O registro definitivo precisa de uma documentação completa e extensa, além de permitir que as vacinas sejam disponibilizadas para a rede pública e privada. No caso de uso emergencial, a vacina é distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e para um grupo pré-definido.
A Coronavac possui mais um pedido na Anvisa. Na quarta-feira (13), o órgão discutirá a autorização de uso emergencial para crianças de 3 a 5 anos, já que esse público é o único que não tem previsão para a vacinação no país. A vacina já é utilizada nessa faixa etária em países como a China, Hong Kong, Chile, Equador, Colômbia, Tailândia e Camboja.
Em maio, o Instituto Butantan apresentou um estudo mostrando que se esse público fosse vacinado entre 1º de dezembro de 2021 até 21 de março de 2022, teriam ocorrido 58% menos hospitalizações e 57% menos mortes.
Foto Destaque: Fachada do edíficio sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) Marcelo Camargo/Agência Brasil.