Aproximadamente 58% da população não tomou a segunda dose de reforço

Gabriel C.Garcia Por Gabriel C.Garcia
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Esta em preparo pelo Ministério da Saúde a ampliação da recomendação  para a quarta dose da vacina contra o coronavirus. Atualmente a segunda dose de reforço da vacina é recomendada para idosos com 80 anos ou mais, enquanto estados e municípios já aplicam a dose para os idosos e imunosuprimidos. As estatísticas são preocupantes, ainda mais levando em consideração que foi decretado o fim da emergência sanitária pelo Governo Federal.

Dados do LocalizaSUS concluem que entre os 17 milhões de brasileiros aptos a tomarem a vacina contra a Covid-19, acima de 18 anos, apenas 71 milhões completaram o esquema vacinal. Isso levando em compensação quem tomou a dose única da vacina, que no caso, a segunda dose já é a de reforço. Essa porcentagem encontra-se muito longe da cobertura desejada.

Em entrevista dada ao portal Metropoles , o médico Julival Ribeiro – infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) – afirma que “com a vacina, sobretudo com a da Ômicron, em torno de três a quatro meses, você já vai perdendo proteção contra o coronavírus, principalmente em pacientes idosos e imunossuprimidos, e mesmo na população geral”.


Idosa recebendo dose de vacina. (Fotografia: Reprodução/Jorge Farias G1)


Para o diretor da Sociedade Brasileira de imunizações, Renato Kfouri, só haverá imunização completa quando o indivíduo tomar mais que as duas doses: “O esquema hoje aceito não é de duas doses, o esquema é dois mais um. Então, essa é a comunicação que deveria ser mais enfática, no sentido de quem tem só duas doses não está adequadamente protegido. Se a gente não cumprir, a gente volta a um estado de proteção populacional muito baixa”, alerta Kfouri.

A infectologista Raquel Stucchi, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ressalta que o baixo nivel de cobertura da terceira dose são “extremamente preocupantes”, já que eles correspondem à pessoas mais jovens que têm uma rotina mais ativa, e assim outras pessoas poderão ser contaminadas.

Todos os infectologistas são unânimes em afirmar que é muito importante que todos completem o ciclo vacinal, e ressaltam a importância que haja mais campanhas para atrair esse público que pode vacinar-se.

Foto destaque: Idosa tomando vacina Reprodução/G1

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