Foram realizados dois estudos diferentes com técnicas reduzidas, na Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, a prática de exercícios físicos momentos antes da sessão de terapia amplia os benefícios e intensifica os efeitos dos tratamentos psicoterapêuticos que buscam combater condições como depressão e ansiedade.
Os teste foi realizado ao longo de 8 semanas com 30 pessoas dividida em 2 grupos, diagnosticadas com depressão intensa.
Foto: Pessoas fazendo testes ergométricos (REPRODUÇÃO/freepik).
Observou se que o grupo que praticava o exercício ergométrico por 30 minutos. Apresentou uma melhora no humor dos participantes que praticavam o exercício naquele dado momento. A sensação permaneceu tanto no momento da atividade quanto em seguida cerca de 75 minutos após. O estado de anedonia, que é a insatisfação em realizar atividades agradáveis do dia a dia, só começou a voltar após esses 75 minutos. A outra metade do grupo se exercitou com diferentes atividades corridas, pedaladas e caminhada. Em uma intensidade moderada, durante 30 minutos, e logo começou a psicoterapia.
Ao final de oito semanas, ambos os grupos mostraram evolução no tratamento, mas os que se exercitaram tiveram uma redução mais significativa nos sintomas da depressão. Foi percebida uma evolução entre paciente e terapeuta. Os participantes que praticaram exercícios antes da sessão de terapia cognitivo-comportamental relataram uma conexão mais rápida e forte com seus terapeutas.
“Os pesquisadores disseram que as descobertas sugerem que o exercício pode estar preparando ou estimulando o cérebro para se envolver com um trabalho emocionalmente mais desafiador do que durante a terapia convencional”, descreve o cinesiologista
Segundo especialistas o poder emocional e o bem estar promovido pela atividade física e algo positivo, pois trás uma sensação de conquista eleva a autoestima e favorece o trabalho dos neurotransmissores como a serotonina (o hormônio da felicidade) adrenalina e dopamina. O combo atividade e psicoterapia ajudam no tratamento, porém não acreditam que o ato isolado seja capaz de prevenir a depressão.
É fundamental entender que não há uma separação entre corpo e mente, pois o nosso sistema psíquico tem ligação com a formulação corporal.
Os pesquisadores pontuam que a liberação de substâncias como a endorfina, que estimula o prazer e a satisfação, também tem o poder de regular outros hormônios e, consequentemente, ajuda a manter um sono mais equilibrado, uma memória renovada e uma consciência corporal maior, ferramentas essenciais para os momentos de reflexão que as psicoterapias convidam. Os resultados são animadores ainda que necessite de um numero maior de ciclos de observação.
FOTO DESTAQUE: Paciente fazendo testes ergométricos. REPRODUÇÃO/ freepik