Autismo: a importância do diagnóstico na infância para uma vida adulta com mais qualidade de vida

Juliana Pequeno Por Juliana Pequeno
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Um estudo feito sobre o autismo avaliou o impacto do momento da descoberta do diagnóstico para o autista e como isso influencia em seu bem-estar futuro. O estudo publicado no periódico cientifico Autism, feito com 78 estudantes universitários, analisou como eles souberam do diagnóstico, e como foi lidar com ele dali em diante, e a forma se sentem atualmente em suas vidas. Foi contatado que quanto mais cedo esse diagnóstico chega, melhor. Ter o diagnóstico com uma idade mais jovem, auxilia na qualidade de vida na fase adulta.

De acordo com a psicóloga Heloisa Bueno especialista ABA (Análise do Comportamento Aplicada, em português), “o resultado da pesquisa é confirmado no consultório, quando se do diagnostico em adultos, é necessário lidar com diversos desafios”. A fonoaudióloga também especialisra em ABA, Giovanna Stefani, concorda. “Lidar com autismo quando diagnosticado na vida adulta, é lidar com um caminho de dificuldades, angústias, incertezas e inseguranças. Sem saber lidar com várias questões, essas pessoas desenvolvem comportamentos e hábitos inadequados, questões psicológicas e sociais importantes, e dificuldade de aprendizado que se arrasta da infância para vida” explica.


Foto ilustrativa sobre o autismo (Foto: Reprodução/Freepik)


Quando o diagnóstico ocorre ainda na infância, a criança passa a se entender melhor, e encontra suporte para se desenvolver melhor. “Através da intervenção precoce, muitos conseguirão no futuro trabalhar, estudar, e ter autonomia para cuidar de si”, explica a fonoaudióloga. Heloisa complementa, “na visão da psicologia é preciso analisar as dificuldades psicológicas impostas aos autistas e repensar as atitudes e comportamentos como sociedade”. “Os autistas adultos devem ter direitos a benefícios como aqueles que muito vagarosamente vêm sido cedidos às crianças”.

Para a psicóloga Heloisa Bueno, nos primeiros anos de vida já é possível observar alguns sinais do autismo. “Podemos observar alguns sinais como não olhar nos olhos mesmo quando alguém fala com a criança, dificuldade em relacionar-se com outras crianças; baixo contato visual e poucas expressões faciais; preferência por brincar sozinho, especialmente jogos estruturados e previsíveis”, esclarece. Para a Fonoaudióloga Giovana já se mostram quando bebês “Conseguimos observar traços como a falta de interesse no outro com preferência por brincar sozinho, falta de contato físico, contato visual pobre e a falta da intenção em se comunicar. Isso impacta diretamente não só em seu desenvolvimento como em sua socialização”, informa.

O diagnóstico do autismo para algumas famílias vem como uma forma de ajuda para lidar e enfrentar alguns problemas de comportamento das crianças antes difíceis e antissociais sem uma explicação. A equipe de profissionais são uma rede de apoio para essas famílias, e as orientam como reaprender a lidar com as possíveis situações devidas dessa condição. Segundo as especialistas, a melhor e mais adequada forma de lidar com o diagnóstico é a paciência e o acolhimento.

 

Foto destaque: Foto ilustrativa sobre o autismo. Reprodução/Freepik

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