Autismo estudo de brasileira é publicado pela Nature

Andrea Loureiro Por Andrea Loureiro
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A médica brasileira, Drª Mirian Revers Biasão, teve seu estudo sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) publicado pela revista Scientific Report, do grupo Nature. Nesta revista encontram-se as maiores publicações científicas do mundo. 

A publicação da médica fala sobre uma proposta de método computacional para auxiliar o diagnóstico do TEA. O estudo é sobre diagnosticar o autismo através do “rastreamento ocular”, com base na utilização da atenção visual, já que este é um dos primeiros sinais do TEA. Crianças no espectro, a partir dos seis meses já demonstram a falta de contato visual. O rastreamento ocular é uma boa opção principalmente por não ser invasivo, e tem a facilidade de poder ser observado por qualquer pessoa. 

A Drª Mirian é formada pela USP ( Universidade de São Paulo). Foi assistente de pesquisa no KIND-Karolinska Institutet na Suécia. Ministra um curso direcionado a profissionais de saúde sobre o essencial na compreensão do autismo em adultos e atua há 11 anos em psiquiatria voltada para a infância e adolescência. A médica, trabalha seu estudo, através do sistema de computadores, analisando diferentes níveis funcionais e idades e acredita que esta ferramenta, facilita o diagnóstico do Transtorno Espectro Autista. 

O rastreamento ocular apresenta também algumas difuculdades e o grande desafio está em identificar as características nos vídeos realizados. Conforme Biasão: “Não há exames para detectar o autismo, o diagnóstico é clínico. Por isso é fundamental que haja profissionais capacitados para identificar os sinais e sintomas do TEA e o respaldo da tecnologia pode facilitar um diagnóstico certeiro”.


Drª Mirian Revers Biasão. Reprodução/Divulgação: amazonaws


Com base nestas informações, a psiquiatra propõe um método computacional integrando as técnicas de inteligência artificial, com conceitos de utilização do rastreamento ocular estudados em cada grupo, para se obter um diagnóstico. Esse estudo foi testado no contexto de diagnóstico do TEA e teve uma média precisa de até 90%. 

Biasão informa ainda que o reconhecimento na publicação pela revista Nature, é muito importante para projetar os avanços tecnológicos que podem ser obtidos pelo rastreamento ocular. 

 

Foto destaque: Autismo. Reprodução/Divulgação: cicloceap.com.br

 

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