Após 2 anos e meio desde que se iniciou a pandemia, foi descoberta uma nova variante de covid-19, e por consequência, até o momento se tornou a mais infecciosa e altamente transmissível. As vacinas se tornaram a única forma para reduzir e combater essas diversas ondas de Covid-19. No entanto, o vírus vem evoluindo e se espalhando novamente, causando um aumento nos casos, e de internações em hospitais.
Essa versão da mutação mais recente é chamada de: a BA.5, a variante mais recente da linhagem da Ômicron, vem se unindo com a BA.4, causando esse aumento de caso, se tornando global em 30% na última quinzena, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). As subvariantes da Ômicron, na Europa, já estão ocasionando um alto pico de aumento de casos com cerca de 25%, segundo o doutor Michael Ryan, que é diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, relatou ter a possibilidade desse número ser bem maior, pelo fato de muitos testes não serem realizados ou terem ‘desaparecidos’.
Na China, a BA.5, vem provocando o medo de que as principais cidades do país precisem em breve se precaver adotando medidas rígidas de confinamento. Já, nos Estados Unidos, a mesma variante está se tornando a cepa dominante, sendo responsável na semana passada por 65% de novas infecções, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças.
Imagem ilustrativa de cientista em análise. (Foto: Reprodução/ Pexels)
Nesta terça-feira (12) de julho, o doutor Ashish Jha, abordou na coletiva de imprensa: “Temos observado esse vírus evoluir rapidamente, e também temos nos planejado e nos preparado para este momento. A mensagem que quero passar para povo norte-americano é a seguinte: a BA.5 é algo que estamos monitorando de perto e, o mais importante, sabemos como manejá-la”, e no mesmo dia o Comitê de Emergência da OMS declarou que a Covid-19 continua sendo uma Emergência de Saúde Pública.
Segundo o comitê de especialistas, um dos maiores desafios para dados mais exatos da atual situação do Covid-19, é a ocorrência de uma redução nos testes e a irregularidade do genoma, que busca identificar e codificar essas variantes por região, por consequência trazendo dúvidas de qualquer país monitorar a BA.5. De acordo com os epidemiologistas, os dados ficam subestimados ao verdadeiro número de infecções nos EUA, colocando o país sem precisão nas variantes, devido a isso, alguns especialistas acreditam que pode haver até um milhão de diferentes e novas infecções nos EUA.
Quais são os sintomas de pós-contágio da BA.5?
Grande parte das pessoas reinfectadas possuíam um risco maior em determinados problemas de saúde. Com os principais sintomas: problemas pulmonares e cardíacos, fadiga, distúrbios digestivos e renais, diabetes, problemas neurológicos após a reinfecção e sintomas com duração de até seis meses. Além disso, mesmo com a vacinação esses sintomas após a reinfecção têm se mostrado presente.
Como a Ômicron é transmitida?
A variante Ômicron do covid-19 possui mutações que mudam a proteína spike que é uma estrutura no formato de taco usado pelo vírus para ligar às células, desta forma, a proteína spike altera a superfície do vírus. Possibilitando que essas mutações e suas subvariantes escapem, atingindo a resposta imunológica do corpo, logo, deixando as vacinas menos capazes de proteger as variantes.
Paciente em estado grave no hopistal. (Foto: Reprodução/ Unsplash)
Por que a BA.5 é um dos piores vírus até o momento?
O cardiologista Eric Topol, falou sobre a BA.5: “a pior versão do vírus à vista”, o professor de medicina molecular na instituição de pesquisa Scripps Research, publicou em um recente comunicado, explicando que “o vírus aumenta o escape imunológico, já extenso, para um nível ainda mais amplo, e com isso gera uma maior transmissibilidade”, afirmando ser maior que as outras versões da Ômicron.
A BA.5 tem o poder de driblar e o estado imunológico do corpo e das vacinas, elevando o risco de reinfecção. Na segunda-feira (11) Topol relatou: “A parte boa é que a variante não parece vir acompanhada de internações em UTI e de mortes como as variantes anteriores, mas isso é definitivamente preocupante”, afirmou em entrevista da CNN. Ressaltando que a possibilidade de ver uma escalada nas internações, da mesma forma, que está ocorrendo na Europa e em outros países que a variante vem se estabelecendo.
Já, o diretor-geral da OMS, na tera-feira (12) expôs na coletiva de imprensa que: “As subvariantes da Ômicron, como a BA.4 e a BA.5, continuam a gerar ondas de casos, internações e mortes em todo o mundo”, deixando o público e um alerta global no estado: “Novas ondas do vírus demonstram, mais uma vez, que a pandemia de Covid-19 não está nem perto do fim”, finaliza.
Foto destaque: Vírus Covid-19. Reprodução/Unsplash