Quando o assunto é Botox, muito se pensa na técnica de beleza para rejuvenescer. Nos olhos de muitos, o intuito é apenas estético. Contudo, essa prática pode ter outros benefícios, desta vez pouco conhecidos pela população.
De acordo com o novo estudo publicado na revista científica Scientific Reports, por pesquisadores da Escola de Medicina de Hannover, na Alemanha, a toxina botulínica, mais conhecida como Botox, tem eficácia no controle de emoções negativas em pessoas diagnosticadas com borderline e também possui grande potencial para tratar depressão.
Sempre utilizado para tratar rugas no rosto dos pacientes, essa substância apresenta esses efeitos benéficos quando aplicada na testa do paciente.
Devido às alterações no humor de pessoas com borderline, essa prática pode causar influências em algumas áreas do corpo. Os pesquisadores retratam no estudo que o Botox influencia a região do cérebro onde os medos aparecerem e são processados, a amígdala, localizada no lobo temporal do cérebro, devido ao auxílio da ressonância magnética.
Modelo demonstrando suas linhas de preocupação na testa (Foto: Reprodução/VALUA VITALY)
Isso tudo acontecesse por existir uma relação entre a contração de músculos faciais e a situação mental das pessoas. Quando as emoções de raiva ou tensão estão em evidência, os músculos acima do nariz e entre as sobrancelhas, chamada de região glabelar, ficam contraídos, formando linhas de preocupação. Então, assim que o botox é aplicado, os músculos sofrem uma paralização e ocorre uma atenuação da intensidade das emoções.
“O tratamento tem várias vantagens ao mesmo tempo: como o efeito paralisante dura três meses ou mais, uma injeção também só precisa ser administrada nesses intervalos”, explicou, em comunicado da instituição, o cientista Tillmann Krüger, líder do grupo de pesquisa. “Conseguimos ver que a toxina botulínica freia o fogo constante emocional no núcleo da amígdala, que acompanha a tensão interna de alto grau das pessoas afetadas.” finalizou.
Foto Destaque: Reprodução/Brazil Journal.