Campinas: Região Metropolitana tem aumento de 20% nos gastos com saúde

Júlia Sales Por Júlia Sales
2 min de leitura

De acordo com o Índice de Potencial de Consumo (IPC) Maps a Região Metropolitana de Campinas (SP), teve um aumento de 20% nos gastos com saúde. Dentro desses gastos estão medicamentos, planos de saúde e odontológicos, curativos e outros serviços médicos.

Famílias com menor poder aquisitivo são as mais afetadas pela alta dos preços. Gabrielle Souza, de 32 anos, descobriu uma doença rara há 6 anos e gasta maior parte da aposentadoria que recebe com remédios para controlar as dores que sente. Além das dores, a doença de Gabrielle também compromete os nervos e causa dificuldades de locomoção, o que faz com que a jovem necessite de bengala, além de medicamentos para controle da doença.

“Acho que é uns 60%, 70% do que eu ganho. O medicamento genérico custa em torno de R$ 130, e são pelo menos duas caixas por semana”, relatou.


Caixa com os remédios da Gabrielle Souza. (Foto: Reprodução/ EPTV)


Ainda de acordo com o IPC Maps, o gasto médio com saúde neste ano, em relação ao ano de 2021 teve um salto de 1,4 bilhões. Este ano os gastos chegaram a 8,5 bilhões, enquanto no ano passado foi de 7,1 bilhões.

O coordenador da pesquisa realizada explicou que o aumento na Região Metropolitana é quase o dobro da média nacional.

“A questão da inflação interfere, e também a questão do envelhecimento da população. Porque quando você tem 50 anos, o custo de um seguro saúde é um. Quando você vai ficando mais velho, esse custo sobe exponencialmente”, disse o pesquisador.

Já o economista e professor de economia da FACAMP, Saulo Abauchedid, relacionou a pandemia com o aumento dos preços.

“A maior procura pelos planos de saúde causou elevação dos preços. Além disso, tem os preços dos medicamentos, que foram afetados pelos aumentos generalizados dos custos de produção não só no país, como no mundo”, relatou o especialista em economia.

Foto destaque: Imagem de prateleiras em uma farmácia. Foto: Reprodução/ ICTQ.

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