Câncer de Mama: Estudo comprova benefícios de rastrear a doença no início

Julia Cabrero Por Julia Cabrero
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O câncer de mama é uma doença ocasionada  pela multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos, isto é , desenvolver metástase. Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns possuem desenvolvimento rápido, ao passo que outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo favorável, apresenta bom prognóstico e as chances de recuperação são altas. 

O diagnóstico precoce é muito importante para definir o tipo de tratamento que será utilizado e conforme dados internacionais, podem diminuir a mortalidade por câncer de mama em até 30%, com menor número de cirurgias radicais e sequelas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, é indicado realizar anualmente a mamografia de rastreamento (screening) a partir dos 40 anos para mulheres de risco comum e a partir dos 30 anos para mulheres de alto risco.

Contudo, segundo as diretrizes do Ministério da Saúde a abordagem é diferente, o exame de rastreamento deve ser realizado no período de dois em dois anos, a partir dos 50 anos, e anualmente a partir dos 35 anos para mulheres de alto risco.


Mulher realizando exame para rastrear o câncer de mama (Foto: Reprodução/Instituto Kemp) 


Um estudo feito nos Estados Unidos e apresentado recentemente, comprova os benefícios da mamografia de rastreamento (screening) tanto para a doença precoce quanto para a avançada. Foram recolhidas diversas  informações desde o ano 2000 até 2017 do Banco de Dados Nacional dos Estados Unidos para analisarem usando modelos matemáticos e a pesquisa comprovou a melhora efetiva nos últimos anos com a implantação do rastreamento. 

O principal ponto foi a queda de mortalidade. Houve uma redução do número de óbitos, que era de 35% em 2000 e aumentou para 48% em 2017 para a doença precoce, ou seja, teve um aumento efetivo de 13% de pessoas salvas nesse período graças ao “screening”. De modo igual, a mortalidade por câncer de mama metastático (onde a doença se espalha para outros órgãos) também diminuiu, de 23% para 20%. 


Ilustração de identificação de tumor (Foto: Reprodução/SaberVivirtv) 


Além disso, quando se trata de sobrevida no período de 10 anos, antes, em 2000, era de 82%, enquanto em 2017 já apresentava 87%, englobando os tumores como um todo. Já com os tumores chamados HER2 positivo, cujo trata-se de cânceres bastante agressivos, o índice subiu de 78% para 90% de sobrevida livre de metástase. Uma conquista importante para o mundo da medicina. 

É importante estar atenta aos sintomas que podem aparecer e, antes disso, realizar sem falta o exame de mamografia. Conhecer o próprio corpo é essencial. Alguns sintomas para ficar atenta são: 

• Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher
• Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja
• Alterações no bico do peito (mamilo)
• Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço
• Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos

 

Foto Destaque: Reprodução/Laboratório Cella

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