“Achei que tinham errado”, disse a jovem Evelin Scarelli, de 23 anos, ao descobrir seu diagnostico repentino de câncer de mama, já que, para ela, essa doença só afetava mulheres mais velhas, na faixa etária de 50 anos para cima, e conta que não acreditou inicialmente em seu diagnostico, já que foi a primeira da família a ser diagnosticada com a mutação nos genes BRCA2.
Evelin conta que descobriu o câncer em 2011, em uma fase da sua vida que não parecia ser possível, já que ela estava no último ano da sua faculdade de fisioterapia e a descoberta do diagnostico foi um choque, como se os seus planos para os próximos anos fossem por água a baixo.
Hoje, a jovem atua como coordenadora em uma instituição que ajuda as pessoas com o diagnóstico de câncer, chamada Oncoguia.
Mulheres unidas no diagnostico do Câncer de mama (Foto :Reprodução/Pixabay)
A condição que Evelin tem é rara e aumenta de forma significativa as chances de pacientes desenvolverem câncer de mama antes dos 70 anos. Isso reforça a importância de fazer os exames com frequência, para que seja possível uma descoberta cedo, para mais chances de recuperação e cura.
Apenas uma em 400 mulheres tem a mutação nos genes BRCA2, o que representa 0,25% das mulheres afetadas e, dentre elas, apenas 10% chegam a desenvolver de fato o câncer de mama.
Foi divulgado, na última quinta-feira (29), que as jovens ainda tem pouca informação sobre o diagnostico cedo da doença e que faltam informações para que elas entendam que, mesmo jovens, ainda podem ser afetadas pela doença. Nesses casos, um diagnostico tardio não é muito recomendado, já que aumentam os riscos de óbito pela doença dependendo do estágio do câncer.
A médica reforça que em casos de pacientes que já tenham o histórico da mutação dos genes na família, o mais recomendado é que elas comecem a fazer os exames para prevenção e diagnostico antes dos 40.
Foto destaque: Evelin Scarelli. (ReproduçãoMetrópoles)