O aumento de casos da varíola dos macacos no mundo tem preocupado a Organização Mundial de Saúde (OMS) a ponto de a entidade estabelecer emergência em saúde pública de caráter internacional.
Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, “temos um surto que se espalhou rapidamente pelo mundo, por meios de novos modos de transmissão, sobre os quais ainda entendemos muito pouco e que atendem aos critérios do Regulamento Sanitário Internacional”.
Casos de varíola no Brasil podem ter alta nos próximos meses (Foto:Reprodução/BBC)
No Brasil, o Ministério da Saúde já confirmou pouco mais de 800 casos da varíola dos macacos, sendo a sua grande maioria dos testes positivados nas regiões sul e sudeste, com os estados de São Paulo (595) e Rio de Janeiro (109) liderando com os maiores números de casos da doença.
O infectologista Júlio Croda, que faz parte da equipe da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), disse, em entrevista à emissora CNN, que o Brasil tem que estar preparado para uma alta nos casos. Segundo Croda, “a gente vai ter um aumento exponencial no número de casos. A gente tem uma estrutura, tem o SUS [Sistema Único de Saúde] que poderia estar sendo utilizado de uma melhor forma. Falta coordenação do Ministério da Saúde, falta comunicação, treinamento para orientar a população que está sob-risco, reduzir a transmissão da doença e atingir o controle da doença”.
Em relação ao anúncio da OMS declarando a varíola dos macacos uma emergência mundial, Croda disse que “a avaliação da OMS é que o risco de varíola é moderado globalmente e em todas as regiões, exceto na região europeia, onde avaliamos o risco como alto”.
A varíola dos macacos teve seu primeiro caso registrado no continente africano, entretanto, foi na Europa que os casos se alastraram e chegaram até aos outros continentes pelo mundo.
Alguns dos sintomas da doença são febre, dor no corpo, calafrios e até mesmo feridas no corpo.
Foto destaque: Paciente com varíola dos macacos Reprodução/UOL
