Em comunicado feito no último domingo (4), o laboratório CanSino Biologics informou que a China aprovou o imunizante inalável contra Covid-19 para uso emergencial como reforço. O processo é feito por meio de um nebulizador que é inalado pela boca. Com isso, o país se torna o primeiro a utilizar essa alternativa para controlar o vírus da Covid, que ainda segue sendo uma prioridade dos chineses. O feito abre caminho para outras nações também utilizarem esse método.
O produto é chamado de Convidecia Air e oferece uma dose da vacina através de um sopro de ar de um nebulizador via oral. Além disso, a vacina contra Covid-19 da CanSino também foi aprovada na China e em outros países.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o novo imunizante é uma das duas vacinas inaláveis que chegaram à fase clínica. Outros laboratórios ao redor do mundo também pesquisam maneiras alternativas inovadoras de proteção por meio do nariz ou boca.
O laboratório CanSino desenvolveu uma vacina inalável (Foto: Reprodução/Pexels)
O aval para uso do produto ocorre devido a surtos de pequena escala na China. Cidades que estão impondo bloqueios contra a Covid-19 recebem doses do imunizante para evitar maior disseminação do vírus, além de unidades de testes em massa. Mesmo com o resto do mundo voltando “ao normal” após dois anos de pandemia, a China segue rigorosamente a política de zero Covid. Mais de 70 cidades chinesas foram colocadas sob bloqueio total ou parcial desde agosto, afetando cerca de 300 milhões de pessoas.
A baixa adesão dos idosos à vacinação é um dos motivos para a imposição dos bloqueios. Campanhas de reforços vacinal e o desenvolvimento de novas tecnologias para controlar o vírus estão em andamento na China.
As autoridades de saúde têm esperança de que as vacinas sem injeção possam resolver um dos maiores problemas da vacina comum: impedir que a infeccão do vírus se espalhe de pessoa para pessoa. Com o surgimento das variantes, isso se torna uma tarefa difícil.
Foto Destaque: Nebulizador pode ser o novo meio de vacinação. Reprodução/Pexels