Nesta quarta-feira (26), a primeira vacina oral inalável contra a COVID-19 foi administrada, em Xangai, na China. Ela foi desenvolvida pela biofarmacêutica Cansino Biologics. O produto, gratuito, é uma espécie de fumaça aspirada pela boca através de um copo.
Estudos apontaram que a vacina gera resposta imunológica em pessoas que tenham recebido duas doses de outra vacina chinesa contra a COVID. Ela está sendo oferecida somente como dose de reforço. A eficácia do produto ainda não foi explorada por completo. A vacina administrada oralmente pode contribuir para repelir o vírus, mas isso depende do tamanho de suas gotículas.
Foto: Vacina chinesa. Reprodução/Gettty Images
A Cansino Biologics desenvolveu essa vacina a partir de uma outra já existente. A versão oral é uma adaptação de uma vacina contra o adenovírus que se utiliza de um vírus do resfriado atenuado. O objetivo é facilitar a vacinação para pessoas que têm medo de injeção e para países que possuem dificuldade em administrar vacinas convencionais.
Em um vídeo publicado pela mídia estatal da China, é possível observar o modo de uso. A vacina é distribuída em um copo branco com bico vedado. O bico é aberto próximo a boca e o cidadão inala. Após isso, deve prender a respiração por cinco segundos. O procedimento completo dura cerca de 20 segundos. Uma das pessoas presentes no vídeo descreveu a sensação. “Foi como beber uma xícara de chá com leite. Quando eu respirei, tinha um gosto um pouco doce”.
Essa é uma solução que a China busca para vacinar mais pessoas. Em meados de outubro, 57% dos chineses haviam recebido dose de reforço. O governo espera que o número aumente para relaxar as medidas de restrição. As autoridades chinesas não obrigam a população a se vacinar, mas é necessário um teste negativo de COVID para frequentar locais públicos. Não há sinais de que a política governamental de restrições, “Covid Zero”, esteja perto de um fim.
Foto destaque: Vacina contra a COVID-19. Reprodução/CanSino