Cientistas criam marca-passo cerebral para combater a depressão

Luana Bruno Por Luana Bruno
3 min de leitura

O estudo teve início com Sarah, americana de 38 anos que vive na Califórnia, e estava sofrendo tanto com a depressão que tudo que conseguia pensar era em acabar com a própria vida. Ela conta como percebeu que sua saúde mental estava tomando um caminho perigoso há cinco anos, enquanto voltava do trabalho.

“Não conseguia parar de chorar. O pensamento que me consumia durante todo o caminho de casa era apenas dirigir meu carro para o pântano para me afogar”, relembrou Sarah.


A depressão mata milhares de pessoas por ano (Foto: Reprodução/Freepik)


A jovem conseguiu chegar em casa com segurança, mas sua depressão profunda a levou a largar o emprego na área de tecnologia em saúde. Os médicos acharam que não seria seguro que ela ficasse sozinha e pouco tempo depois Sarah se mudou para a casa de seus pais.

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Sarah tentou todos os tipos de tratamento, chegando a mais de 20, por cinco anos. Antidepressivos, choques, estimulação magnética, nada disso funcionou com ela. A ex tecnóloga participa do grupo de pacientes com depressão que não reagem a nenhum tipo de tratamento. A doença afeta cerca de um terço das 250 milhões de pessoas no mundo.

Ela foi a primeira participante a receber um tratamento experimental, realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. O equipamento vigia o cérebro da jovem e quando detecta sinais de que ela vai deprimir, o marca-passo faz uma leve descarga elétrica na capsula ventral, devolvendo um estado de normalidade ao cérebro. Os sintomas da primeira e única paciente do estudo desapareceram em semanas.

“Quando recebi o estímulo pela primeira vez, eu percebi que alguma coisa aconteceu. Eu senti a sensação mais intensa de alegria, por um momento, minha depressão era um pesadelo distante”, contou Sarah.

Atualmente, Sarah tem a doença controlada por esse aparelho (que tem o tamanho de uma caixa de fósforo) implantado em seu cérebro ,de forma cirúrgica. Ela melhorou ao ponto de conseguir voltar a morar sozinha e estudar, cursando aulas de análise de dados.

Ainda há muitas pesquisas a serem feitas para descobrir a eficácia dessa abordagem e em quantos pacientes. Diversos cientistas estão estudando para maneiras de combinar a estimulação elétrica ao que acontece no cérebro de cada paciente.

Foto destaque: Reprodução/Getty Images

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