Cientistas descobrem uma nova maneira de ajudar a pessoas que roem as unhas

Alice Cassimiro Por Alice Cassimiro
3 min de leitura

Roer as unhas sempre foi um hábito considerado comum por grande parte da população mundial, seja por nervosismo, ansiedade ou em casos mais extremos, um sinal de tricotilomania, que é uma condição que leva as pessoas a responderem o estresse arrancando cabelos ou roendo as unhas. Contudo, esse costume não é benéfico para a saúde e, pensando nisso, especialistas desenvolveram uma estratégia chamada de “Substituição de hábito”, que ajudou cerca de 53% dos participantes de um novo estudo direcionado a essa parcela da população.

O estudo

Publicado esta semana no JAMA Dermatology, o estudo sugeriu aos pacientes que ao invés de morder ou puxar a pele com força, eles podem tocar nela de maneira suave, esfregando de forma leve as pontas dos dedos, a palma da mão ou até a parte de trás do braço, no mínimo duas vezes durante o dia.

Steffen Moritz, principal autor da pesquisa e chefe do grupo de trabalho de neuropsicologia clínica do University Medical Center Hamburg-Eppendorf, na Alemanha, afirmou à NBC News que a principal regra é somente tocar no seu corpo suavemente, contudo, se você está sob o efeito do estresse, pode realizar esses movimentos mais rapidamente, porém, sem aplicar pressão na pele.

Por volta de 5% da população mundial é afetada pelo transtorno do comportamento repetitivo focado no corpo, um tipo de transtorno obsessivo compulsivo e distúrbio que se relacionam. O costume de roer as unhas podem deixar rastros que incomodam e até mesmo criar machucados.


Novo estudo direcionado a pessoas que roem unhas. (Foto: Reprodução/ Blog Golden Cross).


O estudo foi realizado em 268 pessoas. Todos os pacientes eram acometidos pela Tricotilomania. Os integrantes do grupo de controle foram orientados de estariam em uma fila de espera para receber o tratamento, mas receberam ao final da pesquisa. Todavia, o restante das pessoas compreendeu a formação de um costume substituto através de um manual e de um vídeo.

Segundo o artigo publicado, 80% das pessoas no grupo que recebeu o tratamento alegaram satisfação com o mesmo.

Outras técnicas

Esse método ainda está em fase se estudo, contudo, ele pode ser aliado a outras técnicas de comportamento pré-existentes, como o treinamento de reversão de hábito e o desacoplamento, que já são utilizados em pessoas que possuem o transtorno de comportamento repetitivo focado no corpo.

No caso do desacoplamento, a pessoa troca um comportamento por outra coisa que se inicia de maneira semelhante, como levar a mão no rosto, por exemplo, mas ao invés de terminar na boca, se encerra tocando na ponta da orelha. Já o treinamento de reverter o hábito, o paciente se envolve de maneira semelhante, mas em um comportamento diferente.

Foto destaque: Pessoa roendo a unha. Foto: Reprodução/Tua saúde.

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