Cientistas suíços iniciam testes com vacina ‘adesiva’ contra o Coronavírus

Wagner Edwards Por Wagner Edwards
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Cientistas suíços anunciaram na última quinta-feira (19) a fase inicial de testes da vacina “adesiva” em combate ao Coronavírus. O protótipo é aplicado no braço como um adesivo e representa uma alternativa às injeções na luta contra o vírus.

Ao contrário das vacinas habituais, as quais estimulam no organismo a produção de anticorpos, a nova aposta dos suíços (intitulada de vacina PEPGNP-Covid-19) tem foco nas células T, que são responsáveis pela imunidade celular geral. O impacto da vacina adesiva no corpo é o de eliminar as células infectadas pelo vírus e impossibilitar sua replicação.


Vacina adesiva suíça. (Foto: Reprodução/UNC-Chapel Hill)


A produtora britânica de insumos, a Emergex Vaccines Holding Ltd, elaborou o protótipo da vacina, enquanto o centro de pesquisas médicas Unisanté, localizado em Lausanne (Suíça), deve conduzir os estudos da mesma em parceria com o hospital CHUV da cidade. As pesquisas iniciaram no dia 10 de janeiro deste ano.

O diretor do estudo, o professor Blaise Genton, afirmou ser esse o tipo de imunidade celular capaz de produzir as chamadas “células de memória” que tornam a vacina durável e possivelmente melhor que as demais para proteger a população da doença.

A substância contida na vacina é administrada na pele por meio de pequenas agulhas intrínsecas ao adesivo. As agulhas possuem menos de um milímetro de profundidade e estima-se serem capazes de estimularem mais imunidade a longo prazo contra o Covid-19, descartando a necessidade de futuras doses de reforço.

“Com essa nova vacina, que gera imunidade celular, esperamos ter um período mais longo de proteção… ainda não sabemos, mas esse período pode durar um, dois, três anos”, afirmou Genton à agência britânica de notícias, Reuters.

Para uma aplicação bem-sucedida do imunizante, o adesivo deve ser pressionado contra a pele por um breve instante e ser removido em seguida.

Foto Destaque: Reprodução/Julia Koblitz

 

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