Com aumento dos casos, saiba qual tratamento adequado para a esporotricose

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
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A esporotricose é uma doença causada por um fungo que tem acometido muitos gatos e sua ocorrência tem aumentado nos últimos anos, provocando um alerta em especialistas da área de saúde humana e animal.

O aumento de casos dessa doença, classificada como zoonose, tem sido observado em vários estados do país, com destaque para São Paulo (que apresentou este ano aumento de 40% no total de casos registrados em relação ao ano anterior) e Paraná (onde o registro saltou de 1.242, em 2022, para para 2.887 em 2023).

Forma de transmissão

Os gatos atuam como portadores do fungo Sporothrix brasiliensis nas garras, saliva e sangue, tornando-se vetores da doença. A esporotricose pode ser transmitida por felinos contaminados para cães, outros gatos e seres humanos por meio de mordidas, arranhões e do contato com as lesões dos infectados. 

De acordo com o médico-veterinário da Petlove Pedro Risolia, o gato semi domiciliado, ou seja, aquele que tem uma vida mista entre residir uma casa mas têm acesso livre para sair para a rua, apresenta importante relevância na disseminação da doença.

Os tutores devem dar uma atenção especial para os felinos não castrados que buscam a rua com mais frequência, pois esses podem se contaminar ao cavar buracos depois de defecarem e ao afiarem as unhas em árvores e plantas”, alerta.

O veterinário da Petlove também comenta que outra forma de contaminação são as brigas, pois um felino contaminado pode transmitir a doença para o outro através de arranhões. Isso acontece, em sua maioria, com os pets não castrados, que ficam mais suscetíveis a disputas por territórios. 

Controle da doença e tratamento 

O controle da doença envolve medidas como impedir o acesso de gatos às ruas, realizar a castração, tratar animais infectados e evitar o abandono de gatos doentes. “É importante lembrar que os pets não são culpados pela disseminação da doença, mas sim vítimas. Portanto, a educação dos tutores sobre o manejo adequado é essencial para prevenir a propagação da esporotricose”, afirma Pedro.

Segundo o especialista da Petlove, o tratamento da doença é feito com antifúngico de fácil acesso em estabelecimentos comerciais e públicos de saúde. Porém, esse medicamento deve ser receitado por médicos-veterinários e, portanto, em caso de suspeita, é primordial procurar imediatamente um veterinário.

A mesma recomendação é dada aos seres humanos que apresentam sintomas de esporotricose. O portal oficial da Fiocruz recomenda que a dose do remédio deve ser avaliada e administrada por profissionais da saúde. 

É importante que o pet faça consultas regulares a veterinários e um checkup de exames, para evitar o agravamento de doenças como a esporotricose. 

Sobre o Grupo Petlove

Hoje se consolida como o primeiro ecossistema pet no Brasil. Atualmente, a companhia engloba outras frentes de negócios, como saúde, hospedagem e serviços, sempre focada em oferecer soluções completas para tutores e pets, seja no mundo virtual ou presencial. 

Foto destaque: gatos em uma cesta. Reprodução/Marcelo Krasilcic/Petlove

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