Nesta quarta-feira (20), o Estado do Distrito Federal começou a vacinar as crianças imunossuprimidas a partir dos quatro anos de idade contra a Covid-19. A Secretaria de Saúde do Estado, recebeu uma nota do Ministério da Saúde, orientando sobre como deveria ocorrer a campanha de vacinação. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), quem tem a idade a partir dos três anos, deve ser vacinado com a vacina CoronaVac.
A ANVISA aprovou a medida para que as crianças de três e quatro anos pudessem começar a se vacinar contra a Covid-19 no dia 13 de julho. Nesse dia, houve um debate e com a decisão unânime e também após a análise de uma pesquisa do Instituto Butantan, o resultado foi positivo para o início da campanha. Mesmo como toda a mobilização sobre esse tema, o Distrito Federal ainda no dia 20 não tinha um calendário para a aplicação da vacina nas crianças.
A vacina CoronaVac está autorizada para aplicação na população desde janeiro de 2021, mas só agora em 2022, é que houve o início da campanha de vacinação para crianças e adolescentes com idades entre seis e 17 anos. Segundo o médico pediatra da rede pública do Distrito Federal, Henrique Gomes, é importante que os pais levem as crianças de três anos ou mais para que elas sejam vacinadas e possam se proteger das consequências da Covid-19 nesse público.
Foto: Vacina e imunizante CoronaVac/ Reprodução: Rede Brasil Atual/ Tânia Rêgo/ABr
Para Henrique, a autorização veio muito tempo depois, porque a ANVISA, até agora tinha poucos estudos analisados sobre como a vacina estava reagindo nessa faixa etária e somente agora com mais segurança é que ela foi liberada para aplicação. Segundo ele: “Uma das vantagens de usar a CoronaVac é que ela é um tipo que já trabalhamos no Brasil há muito tempo. Também ela não tem tantos efeitos colaterais do que comparada a da Pfizer e também a produção é nacional, ou seja, podemos produzir bastante doses para cobrir logo toda essa faixa etária”, contou.
Questionado sobre o nível de eficácia dessa vacina nesse público, ele disse que: “Em casos leves a eficácia é de 40%, já em casos graves, ela pode chegar até 80%”. Outro ponto levantado foi sobre os possíveis efeitos colaterais, Henrique afirmou que a maioria dos casos registrou apenas dor no local e vermelhidão. Em casos a parte foram registrados: febre, vômito e tosse, mas que logo foram medicados e tratados.
O médico ainda pontuou que é necessário que prontamente as crianças tomem essa vacina, para aumentar a cobertura vacinal do país e também para evitar os casos graves de internação e que podem acarretar outras consequências mais graves como a endocardite (uma infecção na parte interna do coração). Vale lembrar que as crianças também deverão tomar as doses de reforço e o período de intervalo é o mesmo que o dos adultos, ou seja, após 28 dias da primeira aplicação e recomendada a aplicação da segunda dose.
Foto Destaque: Criança tomando vacina/ Reprodução: Prefeitura de Guarulhos/ Márcio Lino/ PMG