O câncer de intestino, abrange os tumores malignos que se desenvolvem na parte esquerda do intestino grosso, além do reto e ânus. Quase sempre, a doença é composta por pólipos, que por se parecerem com verrugas e lesões benignas, tornam o câncer difícil de se identificar.
Segundo dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (Inca), entre os anos de 2023 a 2025, são estimados mais de 45 mil novos casos de câncer de intestino por ano. Nos últimos dez anos, o número de casos da doença, aumento cerca de 64% no Brasil. A oncologista Marcela Crosara, do Hospital DF Star, consegue entender o motivo:
“Ele (câncer de intestino) é a segunda neoplasia mais frequente entre homens e mulheres, cujos fatores de riscos são excesso de carne vermelha, alcoolismo e tabagismo. Hábitos muito praticados entre brasileiros”, alerta a especialista.
Além da carne vermelha, pesquisas alertam ainda para o consumo de carnes processadas, como salsicha, presunto, etc. Segundo os dados, 50 gramas dessas carnes, é capaz de aumentar em 18% o risco de desenvolvimento de câncer colorretal. Por isso, a diminuição no consumo desses alimentos, além da ingestão de bebidas alcoólicas e fumo, são formas de prevenir a doença.
Ainda sobre a prevenção, a doutora Marcela Crosara, explica sobre o exame de colonoscopia, que pode detectar o câncer ainda em seus estágios inicias, aumento assim as chances de cura.
Colonoscopia é fundamental para rastrear precocemente câncer colorretal (Reprodução/iStock)
Sintomas
Para prevenir que a doença se agrave, é importante ficar atento aos sintomas. Muitos desses, são inusitados, por isso, não costumam ser associados ao tumor. Confira:
- Alterações do hábito intestinal, diarreia ou constipação de início recente;
- Presença de sangue nas fezes;
- Cólicas abdominais persistentes;
- Dor ao evacuar e sensação de evacuação incompleta;
- Redução do apetite;
- Anemia;
- Perda de peso sem causa aparente;
- Fadiga;
- Alteração no aspecto das fezes (geralmente ficam mais finas)
- Vômito, caso o câncer evolua e comece a bloquear o intestino;
- Bolhas no xixi, caso se espalhe para a bexiga.
- Nódulo na pele, caso chegue a corrente sanguínea.
Tratamento
Quando detectado, o câncer em estágio inicial, poderá ser retirado com a parte afetada do intestino, através de cirurgia. Além disso, o paciente passará por radioterapia, e em alguns casos, por quimioterapia.
Voltando a colonoscopia, Marcela Crosara, faz um apelo: “O tratamento evoluiu e oferece maior chance de cura para o paciente, mas antes é preciso quebrar o tabu da colonoscopia. Por mais que seja um exame invasivo, ela pode ser o primeiro passo para salvar alguém com o câncer.”.
Foto destaque: Mulher com dor na região do intestino. Reproduçaõ/Freepilk