Confirmado primeiro caso de contaminação por superfungo Candida auris

Eleonora Gonzalez Por Eleonora Gonzalez
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Conforme notificação do Hospital da Mulher da Universidade de Campinas (Unicamp), o Caism, no interior paulista, foi confirmado nesta quarta (7) o primeiro caso de superfungo candida auris em em São Paulo, diagnosticada em um bebê prematuro, registrada em 18 de maio.

De acordo com o hospital, o bebe apresenta boa evolução e que fragilidade se trata de ter nascido prematuramente e que não houve contaminação em outros pacientes, e continua monitorando. Seguiram a metodologia de precaução de contato, tanto para os demais pacientes quanto às pessoas ligadas ao caso, foram tomadas medidas de prevenção e controle da doença, como por exemplo, a limpeza concorrente, (quer dizer na presença do paciente) do local de internação a cada 3 horas, desinfecção dos equipamentos, orientação às equipes, redução do número de visitas.


(Foto: manuseio de fungos/Reprodução/tua saúde)


“Iniciar essa medida frente à simples hipótese de infecção ajuda a conter a disseminação de patógenos e a proteger pacientes e profissionais da saúde”, afirmou o Caism.

“Esse caso já foi notificado às autoridades sanitárias competentes, que o incluirão em seus próximos boletins sobre a candida auris “, informou o Caism.

A doença é letal e capaz de resistir aos remédios, existem várias linhagens e algumas são imunes, os meios de transmissão são duvidosos, mas a contaminação em hospital é um traço comum

No Brasil, o primeiro caso aconteceu em 2020, e já são três casos da doença, dois em Salvador, na Bahia, e um em Recife. Em novembro de 2021 e fevereiro de 2022.

“Candida auris é uma espécie de candida caracterizada pela sua notável resistência ao antifúngicos. É uma levedura resistente a muitas drogas”, diz o infectologista Flávio Teles, coordenador do Comitê de Micologia da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), em um comentário gravado ao site da entidade.

“Essa espécie de candida exige medidas rigorosas de controle porque é um agente transmissão hospitalar e difícil de ser eliminada”, afirma o especialista.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, do governo dos Estados Unidos, a taxa de mortalidade é de 60%.

Foto destaque: Reprodução microscópica do fungo candida auris. Reprodução/Kateryna Kon

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