Conheça a droga que retardou o progresso do Alzheimer

Ana Paula Ferreira Por Ana Paula Ferreira
3 min de leitura

Um tratamento com os anticorpos Monoclonais, chamado lecanemabe pode retardar a progressão do declínio cognitivo em até 27% usando em comparação com um placebo, uma substância que não tem nenhum efeito colateral no organismo. O uso desses anticorpos podem ser usados contra o Alzheimer. As informações foram divulgadas pelas farmacêuticas Biogen e Eisai na última terça-feira. A droga foi testada em fase global 3, mostrando a redução da amiloide, uma proteína que é uma das características de quem possui a doença, além de efeitos positivos na cognição e na capacidade de realizar tarefas cotidianas em relação ao placebo.

Mesmo apresentando resultados, o pesquisador Richard Isaacson, diretor da clínica de Prevenção de Alzheimer no Centro de Saúde do Cérebro da Faculdade de Medicina Schmitd na Florida, disse em entrevista à CNN que os resultados do estudo  não são provas da hipótese amiloide. 


Reprodução do cérebro. (Foto: Reprodução/conexao.ufrj).


Isso prova que, em pessoas com uma certa quantidade de amiloide no cérebro em um determinado estágio da doença, essa droga funciona. Em termo de provar um mecanismo pelo uso de uma droga, não. Alzheimer é uma doença muito “heterogênea”, disse. O pesquisador completa “ Quando este medicamento é usado corretamente, os efeitos colaterais são controláveis e os resultados negativos são evitáveis na maioria dos casos”.

A Associação de Alzheimer expressou esperança sobre os resultados. Mesmo a descoberta apresentando dados preliminares, as empresas envolvidas na pesquisa planejam publicá-las em um periódico revisado por pares e planejam apresentar os dados para obter a aprovação das autoridades regulatórias dos EUA.

A doença de Alzheimer provoca deterioração das funções como perda de memória e da linguagem, da razão e da habilidade de cuidar de si mesmo. Ainda não se conhece a causa da doença de Alzheimer, pode ser certa predisposição genética por isso a doença pode aparecer precocemente entre pessoas de 50 anos. Alguns pesquisadores levantam a possibilidade de algum vírus ou a deficiência de certas enzimas e proteínas. A doença não possui um tratamento definitivo, e pode ser diagnosticada somente com um exame realizado no tecido cerebral obtido por biópsia ou na autópsia após a morte. 

Foto destaque: Foto: Reprodução/hypeness.com

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