Coreia do Norte registra sua primeira morte por Covid-19

Felipe Yamauchi Por Felipe Yamauchi
3 min de leitura

Desde que foi declarada a pandemia de Covid-19, a Coreia do Norte não teve nenhum contato com o vírus, mas a situação mudou desde quinta-feira 12

A Coreia do Norte confirmou na sexta-feira (13, quinta-feira no Brasil), sua primeira morte decorrente da infecção do Coronavírus. Pelo menos mais seis mortes de pacientes, que recentemente apresentaram febre como sintoma, estão sendo investigadas, pois não há confirmação se a morte decorreu pelo agravamento do vírus no organismo das pessoas.

Pelos dados oficiais do governo coreano, mais de 187 mil pessoas estão isoladas por estarem sob suspeita da infecção do vírus. Todo esse alerta chega um dia depois de o país ter declarado oficialmente estar num primeiro surto da doença desde março de 2020.


Foto: Líder coreano Kim Jong-un/Reprodução: EFE/ Alexei Nikolsky/ Sputnik/ GAZETA DO POVO


O líder Kim Jong-un ordenou novamente o fechamento das fronteiras do país, pois ele se encontra em “grave emergência nacional” e também como uma forma de “bloquear de maneira incisiva a propagação do vírus maligno”, disse a agência estatal.

Em março de 2020, época em que o mundo estava lidando pela primeira vez com a pandemia, a Coreia já havia fechado todas suas fronteiras e assim teve sua economia e comércio altamente afetados. Por isso, durante boa parte do tempo, o líder se sentia orgulhoso de ter tido a capacidade de manter a doença bem afastada da sua população.

Porém para se ter hoje o agravamento da situação no país todo, muitos especialistas entenderam que a Coreia não vacinou nenhum dos seus mais de 25 milhões de habitantes, mesmo tendo recebido ofertas por parte da Organização Mundial da Saúde, da China e da Rússia.

Um ponto ressaltado pelos estudiosos é que o sistema de saúde básico do país não é tão bem preparado para enfrentar um grande surto de Covid-19. Outro agravante é a localização do país, o qual se encontra próximo de países que também enfrentam a onda da variante Ômicron como Coreia do Sul e China, que já estão em confinamento há várias semanas pelo aumento do número de infectados com a doença.

Foto Destaque: População da Coreia do Norte de máscara/Reprodução: Kyodo/ via REUTERS/ Agência Brasil

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile