Desequilíbrio da microbiota pode contribuir para a obesidade e outras desordens

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
2 min de leitura

A disbiose danifica a barreira de proteção do intestino, deixando-o mais permeável, a ponto de facilitar a entrada de microrganismos indesejáveis e o desenvolvimento de toxinas metabólicas que geram processos inflamatórios.

Obesidade

Esses microrganismos emitem sinais ao cérebro, mais precisamente no hipotálamo, interferindo na produção de hormônios importantes diretamente envolvidos no controle do peso, do metabolismo, da fome e da saciedade (como leptina e grelina, por exemplo).

Aumentam a resistência à insulina, o que culmina para um cenário propício para o ganho de peso, desenvolver diabetes, além de reduzir a capacidade de absorção alimentar, causando doenças por insuficiência de vitaminas e minerais.

Como regular o intestino

É possível manter um equilíbrio intestinal a partir de escolhas alimentares saudáveis com maior consumo de fibras e de alimentos naturais; Evitar a ingestão de  álcool e consumo do tabaco, evitar os corantes e  conservantes, carnes vermelhas e alimentos gordurosos.

É importante também evitar alimentos com carboidratos simples, como açúcar refinado e chocolates, assim como o consumo excessivo de alimentos com farinha branca (pães e bolos e massas).

Estes tipos de alimentos causam o aumento da fermentação, da produção de gases no intestino e diarreia, prejudicando a flora intestinal e piorando a disbiose.  

Ligação mente e intestino

O termo “eixo intestino-cérebro” refere-se à comunicação bidirecional entre sistema nervoso central e o trato gastrointestinal. Ou seja, alterações psíquicas podem interferir na digestão, na absorção de nutrientes e no equilíbrio intestinal, assim como também ocorre em condições contrárias, onde a inflamação intestinal relaciona-se com alterações no humor e doenças psíquicas.
 
A disbiose provoca um aumento da permeabilidade da barreira intestinal, e com isso, microrganismos indesejados e seus produtos, como citocinas inflamatórias, translocam para o sistema nervoso entérico e central, aumentam a neuroinflamação, contribuindo para o processo de neurodegeneração, alteração na produção de neurotransmissores responsável pela sensação de bem-estar (como a Serotonina) e, consequentemente, desenvolvimento de doenças psíquicas.

Foto destaque: Saúde intestinal. Foto/Reprodução

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