Dia Nacional de Doação de Órgãos: entenda sobre o processo de doação de rim

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
3 min de leitura

Opção de tratamento para pacientes que sofrem com a doença renal crônica em estágio avançado, o transplante renal é uma cirurgia em que o paciente receptor recebe o órgão de um doador vivo ou falecido. 

A Dra. Caroline Reigada explica que, no transplante renal, o rim saudável de uma pessoa viva ou falecida é retirado por meio de cirurgia e implantado no paciente, de forma que o órgão passa a exercer as funções de filtração e eliminação de líquidos e toxinas.

Sobre a cirurgia e o pós-operatório

É claro que toda pessoa que se submete a uma cirurgia e anestesia geral corre riscos, mas estes são minimizados com os exames pré-operatórios e os avanços nas técnicas anestésicas e cirúrgicas, que tornaram o procedimento muito seguro. Por outro lado, existem cuidados que o paciente receptor deve tomar.

Após o transplante de rim, os remédios imunossupressores são prescritos para diminuir a chance de rejeição do órgão que ele recebeu. Os pacientes transplantados devem usar medicações durante todo o tempo que forem transplantados. O abandono da medicação pode ter sérias consequências como a perda do rim transplantado e outras complicações”, explica a médica nefrologista.

Quem pode ser um doador vivo

Parentes e não parentes podem ser doadores, mas é necessária uma autorização judicial. “Vários exames são feitos pelo doador para se certificar que apresenta rins com bom funcionamento, não possui nenhuma doença que possa ser transmitida ao receptor e que o seu risco de realizar a cirurgia para retirar e doar o rim seja reduzido. O sangue do doador será cruzado com o dos receptores, para evitar riscos de rejeição”, explica a médica nefrologista.

As condições necessárias para ser um doador vivo é manifestar desejo espontâneo e voluntário de ser doador. É necessário enfatizar que a comercialização de órgão é proibida”, destaca a Dra. Caroline.

A vida de quem doa é mais comum do que se pode imaginar. “Não há comprometimento da vida e da saúde, desde que, o outro rim continue saudável. Mas orientamos o acompanhamento frequente junto ao médico nefrologista”, explica.

DRA. CAROLINE REIGADA: Médica nefrologista formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro. Especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

Foto destaque: ilustração dos rins. Foto/Reprodução

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile