Distrito Federal registra 36 casos de surto psicótico

Bruno Gama Por Bruno Gama
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Nos úlitmos 3 anos, foram registrados 486 casos só no DF. Para especialistas, os transtornos psicóticos ocorrem em estágios avançados de doenças mentais não tratadas. Neste ano, 36 casos foram constatados. Os dados são da Secretaria de Saúde.

Esses transtornos são caracterizados pelos seguintes sintomas: ideias delirantes, alucinações, pertubarções das percepções e desorganização do comportamento normal.

Um episódio recente foi o de Sandra Mara Fernandes, a mulher que, durante um surto, teve relações sexuais com Givaldo Alves, homem em situação de rua. O fato aconteceu em Planaltina (GO).

Depois de 23 dias internada na área psiquiátrica do Hospital Universitário de Brasilira (HUB), Sandra foi diagnosticada com a condição de transtorno bipolar afetivo.

Outros dois casos tiveram destaque: Em janeiro do ano passado, um homem não identificado foi visto nu sobre uma viatura da Polícia Militar do DF. Segundo o batalhão, o rapaz estava em surto psicótico, onde foi acalmado e devidamente atendido pela equipe de saúde. Já neste ano, um homem de 39 anos trancou-se na casa do pai e, armado com uma facada de cozinha, ameaçou matar o idoso. Ninguém se feriu. Na época, a irmã do autor alegou que ele era dependente químico e que vinha de uma série de internações em clínicas psiquiátricas.

Referência quando o assunto é saúde mental, a unidade para o acompanhamento desses pacientes no DF é o Hospital São Vicente de Paula, que fica em Taguatinga.


Falta de diagnóstico é a principal causa de surtos (Foto: Reprodução/Hospital Santa Mônica)


CUIDADOS

Para Leonardo Sodré, psiquiatra e professor de medicina da Univerisadade de Brasília (UnB), os surtos psicóticos, em sua maioria, são sintomas mais graves de outras doenças mentais.

Para identificar os primeiros sintomas de uma doença ou condição mental, os familiares ou amigos devem estar atentos a comportamentos da pessoa que não eram comuns meses antes. Existem fatores de risco para o surgimento dessas condições, como histórico familiar e abuso de substâncias, como drogas, por exemplo. Se algumas desordem foram identificadas, é importante buscar tratamento. Quanto antes o acompanhamento começar, menos traumas o cérebro vai sofrer, e a doença vai ficar controlada”, explica.

Sodré salienta que internações só ocorrem em casos mais grave, quando o paciente oferece risco de vida para si ou outros, ou exposto de modo financeiro e moral. “É o último recurso. É usado quando necessário, para que a pessoa se estabilize e, então, seja liberada”, completa.

 

 

Foto em destaque: KatarzynaBialasiewicz/iStock

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