Entenda o impacto da colonoscopia no rastreamento de câncer coloretal

Afernandes Por Afernandes
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Um estudo publicado no ultimo domingo (10) de outubro, no The New England Journal Medicine, aponta que os benefícios do exame de colonoscopias para o rastreamento de câncer coloretal podem ser subestimados.

O grupo de estudo da Universidade de Oslo, na Noruega, liderado pelo pesquisador e gastroenterologista Michael Bretthauer, disse ter achado os resultados decepcionantes.  


 

Foto: Câncer coloretal. Reprodução/ gettyimages


O estudo informa que as colonoscopias foram comparadas diretamente com a ausência de rastreamento de câncer em um estudo randomizado. Foi encontrando apenas benefícios escassos para o grupo de pessoas convidadas a fazer o procedimento: um risco 18% menor de contrair câncer colorretal e nenhuma redução significativa no risco de morte por câncer.

Com base em seus resultados, ele espera que a colonoscopia de triagem provavelmente reduza as chances de câncer colorretal de uma pessoa em 18% a 31%, e seu risco de morte de 0% a 50%. Mas, ele disse, até 50% está “no limite inferior do que eu acho que todo mundo pensava que seria”

É podemos ter vendido demais a mensagem nos últimos 10 anos ou mais, e temos que recuar um pouco”. Questiona o pesquisador.

Outro especialista como diretor científico da American Cancer Society, William Dahut, diz que, por melhor que este estudo tenha sido ele tem limitações importantes, e esses resultados não devem impedir as pessoas de fazer colonoscopias.

Para ele menos da metade das pessoas convidadas a realizar o exame de colonosccopia no estudo não o fizeram. E que quando os autores do estudo restringiram os resultados apenas para as pessoas que realmente fizeram a colonoscopia, cerca de 12 mil das 28 mil que foram convidadas para o procedimento foi que estes estudo tornou se eficaz. Reduzindo se o risco de câncer coloretal em 31% e o risco de morte dessa doença em 50%.

Segundo ele este estudo foi realizado em homens e mulheres com idades entre 55 e 64 anos da Polônia, Noruega e Suécia. As colonoscopias não são tão comuns nos países envolvidos no estudo quanto nos Estados Unidos. Na Noruega, disse ele, as recomendações oficiais de rastreamento do câncer colorretal não chegaram até o ano passado. Nos EUA, de acordo com dados dos  Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, cerca de 1 em cada 5 adultos entre 50 e 75 anos nunca foi rastreado para câncer colorretal.

Quando se trata de câncer colorretal os testes só podem ser eficazes se as pessoas estiverem dispostas a realizá-los. Se a pessoa se sente envergonhada em fazer uma colonoscopia, existe uma série de métodos que podem detectar o câncer coloretal entre elas estão: Triagem com testes que verificam sangue e/ou células cancerígenas nas fezes, uma tomografia computadorizada do cólon a cada cinco anos, uma sigmoidoscopia flexível a cada cinco anos, uma sigmoidoscopia flexível a cada 10 anos combinada com exames de fezes para verificar se há sangue anualmente ou uma colonoscopia a cada 10 anos.

Foto Destaque: Medico gastroenterologista realizando colonoscopia  Reprodução/GETTY IMAGENS.

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