Entenda o papel da vacinação em relação às novas variantes de Covid-19

Lucas Venâncio Por Lucas Venâncio
3 min de leitura

Por mais que os casos de Covid-19 tenham se tornado menos perigosos com a implementação das vacinas, o surgimento de novas variantes ou subvariantes levantam algumas questões. Uma delas diz respeito se as atuais vacinas funcionam frente a essas novas linhagens, ou subvariantes, como a recém diagnosticada no Brasil, EG.5.

Subvariante EG.5

Também chamada Éris, esta é uma mutação da variante Ômicron. A Organização Mundial de Saúde (OMS) a classificou como “Variante de Interesse”, que está um grau abaixo da “Variante de Preocupação”. Seu alto grau de transmissão, é o principal fator desse interesse. 

Com casos nos Estados Unidos, China e em alguns países da Europa, existia a preocupação que chegasse ao Brasil. No momento foram identificados quatro casos com a subvariante: dois em São Paulo, um no Distrito Federal. O quarto caso foi diagnosticado nessa quarta-feira (30), no Rio de Janeiro. 

Segundo a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), evidências disponíveis até o momento sugerem que Éris não apresenta risco à saúde pública, quando comparada a outras subvariantes da Ômicron. Ainda assim, a fundação reforça a importância da imunização, atualizada sempre que possível por evitar os surgimento de casos graves da doença.


O pesquisador da Fiocruz, Marcelo Gomes, comenta sobre o primeiro caso da variante EG.5 no país. (Vídeo: Reprodução/YouTube/Fiocruz)


A importância da vacinação em relação a novas linhagens

Em entrevista cedida nessa quinta-feira (31) ao “Valor Econômico”, o infectologista da Fiocruz, Júlio Croda, explicou melhor a finalidade da vacina em relação a novas subvariantes que vêm surgindo: “As vacinas não impedem a infecção, mas têm como principal objetivo proteger os imunizados de hospitalizações e óbitos”.

Ter a vacinação recente é mais importante do que tomar uma vacina com a composição exatamente igual à da variante que está circulando. Se o paciente tomou a última dose há um ou dois anos, por exemplo, a imunidade dele já caiu. Isso acontece principalmente em grupos imunussuprimidos”, conclui.

Atualmente, a vacina mais utilizada no combate à covid no Brasil é a bivalente. Apesar de já estar liberada para todos os grupos acima de 18 anos, segundo dados do ministério da Saúde, apenas 15% do público-alvo se imunizou até julho deste ano.

 

Foto Destaque: Moça sendo vacinada. Reprodução/Clínica Viver.

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