Especialistas dão dicas para o tratamento de quem sofre com a queda de cabelo pós-Covid-19

Felipe Yamauchi Por Felipe Yamauchi
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Muitas pessoas que sofreram com a infecção de Covid-19, mesmo após muito tempo de recuperação, ainda estão sofrendo com um problema persistente: a intensa queda de cabelo. Para os médicos especialistas, ainda não há uma relação exata entre o vírus e a queda intensa dos fios.

Segundo a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia (SBLMC), Jaqueline Zmijevski, qualquer infecção por vírus pode causar essa queda. “Qualquer infecção viral, pode causar a queda de cabelo. Essa condição é chamada de Eflúvio Telógeno Agudo”, disse.

E para a Sociedade Brasileira de Dermatologia, há outros fatores que causam essa condição do “eflúvio” como: febre, gripe, dietas muito rígidas, pneumonia, doenças infecciosas, cirurgias, porque além de envolver estresse no organismo, causam um estresse emocional entre outros.


    Foto: Mulher sofrendo com intensa queda de cabelo/ Reprodução: Minha Vida 


Já a médica e coordenadora do Departamento de Cabelos e Unhas da SBD, Fabiane Brenner, os pacientes só procuram por assistência médica, quando a queda do cabelo é muito forte. “Muitos pacientes me procuram quando o problema está na fase aguda ou quando eles já sofrem com a alopecia areata ou androgenética, mas não sabiam do diagnóstico”, contou. Para as especialistas, o “eflúvio” tem um período certo para começar e parar. Ele pode durar de dois até quatro meses, isso se o paciente não sofrer com outras doenças.

Segundo as especialistas, é necessário que o paciente procure o tratamento correto para seu problema. Por isso que na consulta é feito um exame chamado Tricoscópio, em que o médico com uma lente, examina de perto como estão os folículos capilares. Além dele, há um exame chamado de Tração, em que o médico segura um certo número de fios e fazem uma pressão em cima, se mais de três caírem, o paciente pode estar com o “eflúvio”.

Os tratamentos mais indicados para diminuir os efeitos da doença, são: o medicamento “Minoxidil”, que é usado como um estimulante para o crescimento de novos fios. Ele pode ser consumido como comprimido ou aplicado direto no couro cabeludo. Outro medicamento é a “Biotina”, é um suplemento que melhora a qualidade dos fios, mas não tem uma comprovação científica que combate o “eflúvio”. Já a microinfusão, é uma forma de aplicar estimulantes direto no couro cabeludo, mas ele é usado apenas como complemento.

Uma opção dada pela especialista Jaqueline Zmijevski são as sessões de laser, que podem ajudar no crescimento de novos fios. “Elas atuam de uma forma mais local, colocando nutrientes e assim diminui a queda, a caspa, coceira e a descamação nos fios”. Vale lembrar que para tratar qualquer problema de queda dos cabelos, é recomendada uma visita ao médico dermatologista.

 

Foto Destaque: Mulher com intensa queda de fios de cabelo/ Reprodução: Revista ABRALE

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