Além do avanço da nova cepa do coronavírus no Brasil, a Ômicron, outra cepa de um outro vírus conhecido pelos brasileiros, a Influenza, foi encontrado e detectado como “darwin” ou H3N2. Ela já foi detectada em 9 estados e diante deste cenário, a insegurança e o medo de uma nova epidemia ou uma pandemia voltam, e é nesse momento que eles se questionam sobre como serão as festas de final de ano.
Além disso, com o avanço contínuo dos dois tipos de infecção se torna comum a confusão, mas o seu diagnóstico certo é essencial para um tratamento correto. O diagnóstico só é possível com um teste de antígeno, mas especialistas explicam sinais que podem diferenciar as doenças de alguma forma. Começaremos pela Influenza ou como é popularmente conhecida,“gripe”. Seus sintomas inicialmente são:
- Febre alta;
- Calafrios;
- Dores musculares;
- Tosse;
- Dor de garganta;
- Intenso mal-estar;
- Perda de apetite;
- Coriza;
- Congestão nasal (nariz entupido);
- Irritação nos olhos;
Em contraste a influenza que aparece seus sintomas em poucos dias ou algumas horas após o contágio, a Covid-19 só começa a aparecer seus sintomas 7 dias depois da contaminação, de acordo com a OMS.
Sintomas leves e moderados:
- Febre
- Tosse
- Cansaço
- Perda de paladar ou olfato
- Dores de garganta
- Dor de cabeça
- Dores e desconfortos
- Diarreia
- Irritações na pele ou descoloração dos dedos dos pés ou das mãos
- Olhos vermelhos ou irritados
Sintomas graves:
- Dificuldade para respirar ou falta de ar
- Perda da fala, mobilidade ou confusão
- Dores no peito
Em entrevista ao G1, David Straim, consultor do sistema de saúde britânico (NHS) e pesquisador da faculdade de medicina da Universidade de Exeter, no Reino Unido, explica que as crianças não tendem a apresentar sintomas de Covid e que há uma variação dos sintomas dependendo da faixa etária que o paciente se encontra.
“As crianças não apresentam sintomas tão graves e podem apresentar outros sintomas como diarreia, coriza, febre e mal-estar. A mesma doença pode causar sintomas diferentes em grupos de distintas idades”, explicou David.
Segundo Jamal Suleiman, infectologista do Instituto Emílio Ribas, em observação ao cotidiano médico ao atendimento de criação aponta que a maioria são casos de Influenza e defende a continuidade do uso de máscaras, álcool em gel e o distanciamento social, se possível.
“Em crianças, é até mais fácil você pensar em Influenza do que Covid. Criança com Influenza fica com coriza, abatida e com febrão, enquanto que nos casos de Covid-19 elas raramente apresentam sintomas”, explica.
Contágio?
Região Metropolitana do Rio e Espírito Santo enfrentam epidemia de gripe. Reprodução/G1
Enquanto a nova cepa da influenza é mais contagiosa em superfícies infectadas, a Covid-19 é mais arriscada em partículas microscópicas ao tossir, falar ou espirrar ou por meio de aerossóis, por isso a importância do álcool em gel e da máscara.
“Ao contrário da Covid, esse vírus tem uma alta transmissibilidade por contato de superfície, então temos sempre que manter as mãos limpas”, explica Suleiman.
Epidemia de influenza, ou H3N2 – “Darwin” (nova cepa)
O vírus australiano já foi encontrado nos estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Bahia e apresenta indicadores de epidemia, segundo seus últimos dados de contágios.
“Em primeiro lugar, não é o H1N1, que é mais comum. O que está dando é o H3N2, que é um primo dele. E o que acontece é que essa vacina que a gente deu neste ano não cobre bem contra o H3N2. A vacina tem o H3N2, mas não especificamente este que está rodando, que é o Darwin”, explica Celso Granato, médico infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury.
“Além do que, as pessoas tomaram essa vacina faz seis meses. A gente vacina contra a gripe lá para maio, junho. Então, você está com uma vacina que já não cobre muito bem e também que já tomou há seis meses”, complementou o especialista.
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Segundo especialistas esse poderia ser um dos motivos do grande número de infecções mesmo entre os vacinados contra a influenza esse ano e diferente da Influenza, a H3N2 apresenta sintomas agudos já nos primeiros dias.
Foto Destaque: Máscara e distanciamento social são as melhores medidas para evitar ambas as doenças infecciosas. Reprodução/Minervino Júnior/CB/D.A.Press