Uma nova variante da covid-19, denominada BA.2, que é uma subvariante da ômicron, tem trazido preocupações para médicos e especialistas na área da saúde, pois essa variante apresenta como característica principal a transmissibilidade, tornando-a, dessa forma, uma versão mais contagiosa.
Um grande desafio para as autoridades de saúde, é que essa nova onda é considerada “silenciosa”, porque ela surge ao mesmo tempo em que ocorrem, o fim das restrições de circulação e a não obrigatoriedade do uso das máscaras, mesmo em locais fechados. A infectologista e professora da pós-graduação em Medicina Tropical da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Vera Magalhães, ressalta a importância de manter as restrições, a fim de evitar um aumento nos casos de covid.
“É importante a manutenção de medidas restritivas. O racional e correto é se usar máscara em ambientes fechados e em aglomeração, por exemplo. Assistimos a um recrudescimento da pandemia com a variante BA.1 e, neste momento, temos a subvariante da ômicron [BA.2].” Ressaltou a infectologista.
Uso de máscara evitam novos contágios (Foto: Reprodução/Superinteressante)
O esquema vacinal completo é uma forma de amenizar os efeitos causados pela covid, pois a vacina tem capacidade de produzir imunidade, que pode ser provocada por meio da ação das células ou através de anticorpos específicos. No mundo, o vírus foi a causa da morte de mais de 6 milhões de pessoas, no Brasil mais de 650 mil vidas foram perdidas em decorrência da doença.
Nos últimos meses, o Brasil registrou uma alta significativa, isso pode apontar para uma quarta onda da doença. De acordo com o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), a média móvel no país está em torno de 31 mil novos casos por dia, diferentemente de abril, que registrava média móvel de 12 mil novos casos.
De acordo com dados do Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), atualmente, 59,6% de casos de hospitalizações, por infecções nas vias respiratórias estão relacionadas à covid 19 e esses casos podem aumentar com o passar do tempo. https://portal.fiocruz.br/noticia/infogripe-covid-19-ja-chega-quase-60-dos-casos-de-srag
Seria o caso de mais uma dose da vacina?
A infectologista, Vera Magalhães, reforça que antes de uma quarta dose, o mais importante são as pessoas se conscientizarem da seriedade da aplicação da dose de reforço e por enquanto, não tem nada conclusivo sobre a necessidade da quarta dose da vacina.
“O que recomendamos é a necessidade de reforçar que as pessoas tomem as doses de reforço. Ainda há um número grande de pessoas de todas as faixas etárias que ainda não tomou todas as doses. Até agora, não temos evidências suficientes para dizer que a quarta dose seja necessária para todas as idades“, explica.
Atualmente, a quarta dose ou segunda dose de reforço é indicada para pessoas acima de 60 anos e também para imunossuprimidos, isto é, aqueles que possuem baixa imunidade.
Foto destaque: Esquema vacinal completo. Reprodução/Pronep
