Em um estudo feito pela Universidade Comenius, na Eslováquia e que foi publicado na revista científica “Frontiers in Psychology”, o resultado mostrou que os adolescentes estão com muita dificuldade em identificar quais são as mensagens verdadeiras e quais são as Fake news em relação ao tema da saúde.
Cerca de 48% dos participantes analisados acreditaram mais nas notícias de saúde, que eram consideradas precisas do que aquelas enganosas. 41% consideraram que as notícias neutras e erradas e as verdadeiras eram confiáveis no mesmo nível. O problema é que outros 40% dos adolescentes não conseguiram diferenciar o que era verdadeiro ou falso dentro do conteúdo.
“Durante a pandemia de Covid-19, houve um aumento expressivo na questão de desinformação na população sobre o tema de saúde pública”, contou o especialista da Universidade Comenius e autor desta pequisa, Radomír Masaryk. Todos os resultados mostraram que os adolescentes estão precisando entender melhor como as diferenças entre Fake news e as notícias verdadeiras aparecem na internet.
Foto: Adolescente usando celular/ Reprodução: Correção FGTS-JusBrasil
Para o especialista, mesmo que exista conteúdo em sites, que são considerados confiáveis, ainda mais em questão de saúde, há também aqueles veículos digitais, capazes de espalhar qualquer tipo de conteúdo e muitas vezes, ele ser falso, proporcionando uma má escolha, um comportamento arriscado e até a perda de confiança num veículo confiável.
Um ponto observado durante a pesquisa foi que os jovens podem tanto confiar quanto não em um site, por dois motivos: linguagem e aparência. Segundo eles, os veículos atualizados por organizações autorizadas e conhecidas, marcas famosas e uma linguagem mais formal, tendem a serem mais confiáveis. Já aqueles que tem as iscas de cliques, superlativos, erros gramaticais e muito texto em negrito, são mais propensos a enganá-los.
Foto: Jovem usando o celular/ Reprodução: CANGURU NEWS
Masaryk e sua equipe criaram mensagens curtas sobre os diversos efeitos das frutas e vegetais na saúde humana e enviaram para todos os participantes, de idades entre 16 e 19 anos. As mensagens podiam ser falsas, razoavelmente verdadeiras e as verdadeiras editadas (tinham recursos como: superlativo, negrito e erros de escrita).
Eles conseguiram ver as diferenças entre as verdadeiras e falsas, porém entre as razoavelmente verdadeiras e as editadas, não conseguiram ver tamanha diferença. Por isso, o especialista afirmou que é necessário haver um desenvolvimento para um pensamento mais crítico nos jovens em relação ao tema de saúde.
Foto Destaque: Adolescente usando computador/ Reprodução: Baguete