Foi publicado um novo estudo pela revista científica “The Lancet” nesta quinta-feira (14), aponta que o consumo moderado de álcool feito por adultos com mais de 40 anos, que não tenham problemas de saúde e nem possuem histórico, pode beneficiar a saúde, e até mesmo diminuir o risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares, derrame e diabetes.
Pesquisadores usaram estimativas de uso de álcool em 204 países para obterem com mais precisão os resultados desse estudo. E calcularam que 1,34 bilhão de pessoas consumiram quantidades nocivas em 2020. Além disso, a maior parte da população que bebe quantidades exorbitantes são homens de 15 a 39 anos.
A análise feita por pesquisadores, apresenta o risco do álcool por região geográfica, idade, gênero e ano. Ademais, é sugerido que as recomendações globais de consumo de álcool devem ser baseadas na idade e na localização da população.
Pessoas confraternizando e bebendo bebidas alcoólicas (Foto: Reprodução/Shutterstock)
Dessa modo, comprova-se que nessa faixa etária, o consumo de álcool não oferece nenhum benefício à saúde, além de apresentar vários riscos, como quedas e lesões. Segundo o estudo, 60% dos casos ocorrem entre pessoas nessa faixa etária, isso incluindo acidentes automotivos, suicídios e homicídios.
Já para os adultos com mais de 40 anos, a análise aponta que beber pequenas quantidades de álcool pode trazer alguns benefícios como reduzir o risco de doença cardíaca isquêmica, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes.
Os níveis de consumo seguro de álcool sem distinção, variaram de cerca de meia dose-padrão por dia (0,527 dose para homens e 0,562 por dia para mulheres) a quase duas-doses padrão (1,69 por dia para homens e 1,82 para mulheres).
“Mesmo que seja adotada uma abordagem conservadora e o nível mais baixo de consumo seguro seja usado para definir recomendações de políticas, isso implica que o nível recomendado de consumo de álcool ainda é muito alto para populações mais jovens. Compreender a variação no nível de consumo de álcool que minimiza o risco de perda de saúde para as populações pode ajudar a estabelecer diretrizes de consumo eficazes, apoiar políticas de controle de álcool, monitorar o progresso na redução do uso nocivo de álcool e projetar mensagens de risco à saúde pública”, declara a principal autora do estudo, pesquisadora do IHME, Dana Bryazka.
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