Segundo um estudo feito pela Universidade do Estado de Nova York, algumas tintas que são usadas para colorir as tatuagens, podem conter certas substâncias químicas que podem ajudar a desenvolver o câncer no organismo humano. Esse estudo foi divulgado durante uma reunião na última quarta-feira 24, da Sociedade Americana de Química, no estado de Chicago.
“Ainda não sabemos qual é onde que os pigmentos se decompõem e essa é nossa preocupação. Pode ser que eles sejam seguros, mas o local da decomposição no nosso organismo é algo realmente preocupante”, contou um dos autores da pesquisa, o químico John Swierk para a equipe do Daily Mail.
Cerca de 56 tintas de diferentes marca e que são usadas na hora de colorir os desenhos na pele foram analisados. Dentre elas, haviam uma determinada quantidade delas, que tinham certas substâncias que não eram citadas nos rótulos e mais de 20 delas, poderiam se desfazer caso entrasse em contato com a radiação da luz solar.
Foto: Tinta de tatuagem na biqueira/ Reprodução: Hospital de Olhos de São Paulo
Como a “Food and Drug Administration” (Administração de Comidas e Medicamentos, em tradução), é como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil, não acompanha a produção desse tipo de produto, não há muitas informações acerca dessas substâncias presentes na composição das tintas.
Esse estudo também avaliou o tamanho das partículas dessas 16 substâncias e quase metade delas, tinham partículas menores do que 100 nanômetros. Ou seja, elas poderiam “furar” a membrana das células do organismo, além disso causar danos às células por completo. “Quando essa entrada ocorre, ainda mais no núcleo das células, um dos problemas causados pode ser o câncer”, disse Swierk.
Recentemente em janeiro deste ano, a União Europeia criou uma lei que proíbe o uso da tintas azul e verde em qualquer tipo de tatuagem, pois a Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA, em inglês), observou que há uma relação entre o diagnóstico de câncer em pessoas que fizeram tatuagens e usaram essas cores.
Foto Destaque: Pessoa fazendo tatuagem/ Reprodução: Agência Brasil/ Fabio Rodrigues Pozzebom