Estudo diz que câncer de mama é mais frequente em mulheres mais novas

Ana Beatriz Zamai Por Ana Beatriz Zamai
3 min de leitura

O Instituto do Câncer de São Paulo revelou que, após estudo, descobriram que o câncer de mama em mulheres com menos de 40 anos está se manifestando com maior frequência. Apenas em 2023, o Ministério da Saúde estima que 73 mil novos casos surgiram no Brasil. 

O estudo

A pesquisa foi realizada quando Karina Belickas Carreiro, médica ginecologista, obstetra e mastologista verificou em suas pacientes que os diagnósticos estavam mais frequentes em mulheres mais jovens. Karina decidiu se aprofundar no assunto e analisou quase 500 pacientes, todas com menos de 40 anos, que foram atendidas pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. 


Mulheres devem realizar mamografia anualmente. (Foto: Claudio Vieira/PMSJC)


O resultado foi de que 68%, quando diagnosticadas, estavam com o tumor em estado avançado. Além disso, a incidência de câncer de mama em mulheres mais jovens é maior no Brasil do que nos outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, a porcentagem de pacientes com menos de 40 anos é de apenas 5%, enquanto no Brasil chegamos a 15%. 

Procurando fatores em comum nos diagnósticos, Karina explicou que percebeu que as pacientes mais novas tinham tumores maiores e mais agressivos do que as mais velhas, e consequentemente, precisavam de mais medicação e o resultado bom demorava para ser alcançado. A médica também relatou que percebeu que a idade da primeira menstruação influenciava na idade do diagnóstico: quem menstruava mais cedo, tinha o câncer mais cedo.

Diagnóstico precoce e sua importância

A Sociedade Brasileira de Mastologia diz que a mulher deve ficar atenta ao próprio corpo e fazer o autoexame, apalpando os seios. O exame anual com ginecologistas deve ser feito a partir dos 40 anos de idade, mas que, a partir da primeira queixa da paciente, já é necessário fazer uma investigação. Segundo José Roberto Filassi, chefe da mastologia do Instituto do Câncer, com o diagnóstico feito precocemente, a sobrevida da mulher chega a 95%. “Quando é um diagnóstico tardio, essa sobrevida acaba caindo muito”, diz. José Roberto recomenda um exame adequado de mama e um exame complementar, como um ultrassom.

Foto destaque: Câncer de mama está sendo diagnosticado com maior frequência que o comum em mulheres abaixo dos 40 anos. Reprodução/Nattakorn Maneerat / iStock

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