Estudo revela a importância de assistência psicológica às mulheres que são mães

Yngrid Horrana Por Yngrid Horrana
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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) constatou que dentre as doenças que mais afetam a população de até cinco anos de idade estão aquelas que possuem relação com a maternidade. 

Questões como o estado de saúde mental da mulher, cuidados durante o parto ou atenção principalmente nos primeiros meses do recém-nascido são fatores de grande influência na relação da mãe com o bebê, como também com os demais membros da família. 

E, por essa razão, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta, através de dados, a importância de expandir diálogos referentes à saúde mental de mulheres que são mães para toda a sociedade.

O Órgão mostrou que pelo menos 20% das mães em todas partes do mundo desenvolveram pelo menos um transtorno ou doença mental durante ou após a gravidez. E dentre os causadores da questão se destaca a imposição social que pressiona mulheres a serem a “mãe perfeita”. Isso contribui com que a depressão seja a doença de maior influência sobre esse público.


A depressão é a doença que mais afeta mulheres mães no mundo. (Foto: Reprodução/Pexels)


Já no Brasil, o Instituto Fiocruz realizou um estudo que comprova a manifestação de transtornos mentais em 25% das mães brasileiras 6 meses após terem dado à luz. A análise aponta que os primeiros sintomas geralmente são notados até que o bebê tenha um ano e meio de idade.

A pediatra Valéria Clemente atesta ser impossível que uma criança permaneça feliz paralelamente a uma mãe depressiva ou com algum transtorno que prejudique o seu próprio estado emocional.

“O cuidado com a mãe tem que ser intensivo, não apenas no pré-natal, mas também no pós-parto. A mãe precisa estar bem, tanto fisicamente quanto mentalmente, para cuidar bem de seu filho”, diz. 

Sinais de esgotamento emocional

Quando a mulher não possui apoio parental, conjugal ou de uma rede de amigos próximos, as chances de que esta seja afetada pela depressão são significativas, é o que afirma a psiquiatra Dra. Lívia Castelo Branco. 

“Existe um ideal na nossa sociedade da mãe perfeita, que está sempre disponível para todas as demandas dos filhos, tanto afetivas quanto de saúde, lazer e educação. Já no ambiente de trabalho é cobrado o mesmo foco”, comenta a especialista. 

Ela completa dizendo que “a tentativa de equilibrar as áreas mãe-profissional-mulher de forma impecável provoca frustração.”

A respeito desses fatores sociais, a psiquiatra aponta laguna sinais que, por mais imperceptíveis que pareçam, deve ser observado e observados com atenção: 

  • Cansaço;
  • Falta de ânimo;
  • Nervosismo;
  • Preocupações exageradas;
  • Alterações do sono;
  • Dificuldade na resolução de problemas;
  • Redução da capacidade de concentração;
  • Variações de humor.

 

Foto Destaque: Maternidade e saúde mental. Reprodução/HSM.

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