Estudos apontam que a longevidade pode estar ligada com a saúde intestinal

Luiz Carlos Nascimento Por Luiz Carlos Nascimento
3 min de leitura

A longevidade pode estar ligada às bactérias, vírus e fungos que se encontram na flora intestinal, é o que aponta uma pesquisa publicada na revista “Nature Metabolism”, com mais de 4 mil adultos entre 18 e 98 anos. O segredo talvez esteja nas alterações sofridas pelo microbioma intestinal.

O estudo aponta que pode ser possível manipular um conjunto de ácidos biliares, metabolizando as capacidades dessas bactérias amigáveis pelos benefícios que elas podem proporcionar à saúde. Mesmo sendo uma pesquisa em fase embrionária, pode representar mais um passo para desvendar os mistérios da longevidade.

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A microbiota

A microbiota intestinal pode ser classificada como a soma de todos os microrganismos que ficam no intestino humano, repleta de bactérias, vírus, fungos. Ela tem sua formação logo após o nascimento do bebê, sendo a mãe a fonte primária desses microrganismos.

Os pesquisadores partem da premissa de que uma menor diversidade bacteriana pode estar associada a fragilidade em idosos. Em outras palavras, a hipótese é que em pessoas saudáveis, o microbioma intestinal sofre muitas alterações ao longo do tempo, formando, assim, um perfil único de microorganismos, com níveis altos de compostos que promovem uma boa saúde sanguínea, incluindo os produzidos pelos micróbios intestinais.


(Foto: reprodução/pixabay)

Uma das vertentes da pesquisa é que em pessoas com mais de 100 anos existe um alto nível de um ácido biliar secundário, produzido no fígado, chamado de ácido isoalolitocólico (isoalloLCA). A grande questão é que o isoalloLCA, em teoria, pode inibir o desenvolvimento de bactérias prejudiciais ao intestino. Foram feitos experimentos com ratos com a aplicação do ácido e, como resultado, houve o retardo do crescimento de uma bactéria que causa diarreia e inflamação no cólon. Não satisfeito com esses resultados, o isoalloLCA inibiu o crescimento de enterococos resistentes a antibióticos.

Segundo uma das autoras do estudo, a microbiologista Kenya Honda, essas bactérias produtoras de ácido biliar poderiam ser utilizadas como probióticos, com a intenção de melhorar de forma preventiva a saúde humana de pessoas mais jovens.

(Foto destaque: reprodução/ freepik/ jcomp)

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