O difícil relacionamento diplomático com a China é apontado como a maior causa.
A Fiocruz fez um comunicado nessa quinta-feira (02) que, por conta dos atrasos na entrega do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) por parte dos chineses, deverão ficar sem entrega de vacinas da AstraZeneca pelas próximas duas semanas. Isso ocorre devido a trâmites burocráticos que vêm sendo tomados pelos chineses desde que as autoridades locais tomaram conhecimento das críticas de autoridades brasileiras sobre o país asiático, dificultando a diplomacia e colocando ainda mais em risco o programa de vacinação do país. O Instituto Butantan chegou a passar por esse problema recentemente e agora a instituição carioca enfrenta mais essa dificudade para a produção em larga escala de imunizantes, essenciais para o sucesso do programa de imunização nacional e a tentativa de controle da disseminação dessa nova variante Delta, mais prejudicial e nociva para as pessoas.
Dois lotes foram entregues apenas nos dias 25 e 30 de agosto e uma nova remessa chegou ao país nessa sexta-feira (03). Graças a essa demora, a produção das vacinas ficou comprometida, visto que o procedimento de produção leva um tempo médio de três semanas, contando também o controle de qualidade, essencial para a eficácia da vacina. Atualmente, existem 6,1 milhões de doses que estão nessa fase.
Dificuldades com o recebimento do IFA provocam atrasos na produção de vacinas ( Imagem: Torstensimon)
As dificuldades com o relacionamento diplomático com a China já estão acarretando em um atraso circunstancial na entrega de vacinas para a população, visto que da previsão de entrega de 100 milhões de doses até o mês de Julho para o Programa Nacional de Imunização (PNI), a Fundação Oswaldo Cruz só conseguiu entregar 91,9 milhões, tendo esse déficit contribuído para o atraso e paralisação da imunização em várias cidades do país.
A previsão para a entrega das novas doses ficou a partir do dia 13 de setembro.